Havia um rio, enseada
uma ponte, era pinguela
um pescador na janela
uma enchente e era nada.
Havia um peixe humano
peixe boi, filhos girinos
outros tantos passarinhos
gente era e, mui profano.
Havia e havera de ser
haveria de ser seria
nos conformes de você
eu em ti de ti seria
Cicatriz de seringueiro
humildade em umidade
quem zarpou, dançou primeiro
misturados ele ela
eu tão só, tua saudade
rio ao rio da janela
Elane Tomich
T. Otoni, 08 2009
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