Irmãos - 11.Setembro.2005 - 03:15
Assistindo um filme na tv em uma madrugada recente vi a luta de quatro irmãos em busca da sobrevivência, o que não aconteceria se a união entre eles não existisse.
Pus meu cérebro semi-atrofiado a pensar. O que leva um irmão a brigar com um irmão? Irmãos que não se falam, irmãos que não se vêem, irmãos que não se amam, irmãos que não se respeitam.
Pessoas que vieram das mesmas pessoas, pessoas que juntas criadas foram, com as mesmas dificuldades, com as mesmas tristezas, com os mesmos desafios, com a mesma cumplicidade.
Segredos, mistérios. Traquinagens escondidas dos pais, afinal, uma mão lava a outra. Eu não conto a sua e você não conta a minha...
E quantas traquinagens eu e meu amado irmão Serginho não fizemos e escondemos. Como a vez em que tomei água da sarjeta de canudinho ou quando ele jogou os documentos de nosso pai na privada. Bem verdade é que essas traquinagens foram descobertas e as havaianas cantaram lá em casa.
Minha irmã então, foi um caso à parte. Como apanhou a coitadinha no meio de dois cavalõe. Mas insistir em jogar futebol conosco no meio de nossos coleguinhas era uma afronta.
Hoje, traumas de infància superados e com os bumbums marcados pelas havaianas curados, temos todos uma convivência pacífica, respeitosa, e principalmente, amorosa.
Não entendo pessoas que dizem que alguns amigos são os irmãos que nunca tiveram. Pior ainda quando têm irmãos e o dizem. Só pode dizer tal leviandade quem nunca teve um irmão e, portanto, não sabe o quanto essa palavra deve ser valorizada. Aliás, essa palavra foi muito difundida por uma pessoa alguns anos atrás. Dois mil e cinco anos, para ser mais exato. E quem sou eu para discordar dele.
Um abraço para o Serginho e para a Gisele, meus verdadeiros e únicos irmãos.
Wagner -
|
