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cronicas-->Vida alheia -- 11/09/2005 - 00:18 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Informação é poder.

Desde tempos imemoriais, a vida alheia é objeto do interesse humano. Nada dá mais prazer aos fofoqueiros e maledicentes de plantão - sempre há um ou mais - do que furungar na vida alheia.

Humanos que somos, ninguém está livre de uma ou outra fofoca e sempre escapa uma leviandade aqui, outra ali. Em geral, coisa pouca, nada que um pedido de desculpas feito intimamente, não possa resolver, liberando a consciência - há quem tenha - para assuntos mais nobres.

Vizinhos se prestam bem para isto, principalmente em edifícios. Mas para tudo há técnicas. Muito já se escreveu sobre a obtenção de informações no lixo. Hábitos alimentares e de higiene são facilmente identificáveis no lixo, assim como certos vícios. No lixo de uma pessoa, pode-se levantar toda uma biografia, com informações relevantes sobre o caráter, a vida financeira e amorosa, uma que outra tara ou mania, em fim, tudo pode ser conhecido pela simples análise do lixo. Mas isto não constitui novidade.

Evidentemente que o monitoramento de quem entra e sai do apartamento ao lado ou da casa em frente também costuma produzir informações muito valiosas. Se a viúva ao lado costuma pedir comida chinesa todos os dias, talvez ela tenha um caso com o entregador. Uma informação destas pode mudar toda a votação da reunião de condomínio.

Outro meio é a observação das roupas estendidas. Da sacada geralmente é possível ver as roupas penduradas no varal das casas vizinhas ou das áreas de serviços nos edifícios. Meias furadas são reveladoras de um caráter libertário, sem preconceitos. Tipos e cores de certas peças do vestuário são indicadores seguros de preferências e hábitos íntimos. Roupas de cama, incluindo aí ursinhos de pelúcia, são igualmente itens que merecem atenção especial do investigador da vida alheia.

As informações sobre a vida alheia são muito importantes pois constituem matéria prima da melhor qualidade para conversas de bar, rodinhas de piadas no trabalho, reuniões de parentes e maledicências em geral, sobretudo as de pequena monta (na opinião do atacante).

Informações desta natureza são especialmente úteis para brigas de vizinhos, mas não seja baixo, divulgando para a vizinhança toda as informações que você tão arduamente descobriu. Antes, chame o interessado num canto e ameace. Blefe se necessário, mas dê a ele a oportunidade de preservar sua intimidade - desde que ele faça o que você está querendo.

Obtidas as informações, elas devem ser organizadas e guardadas. Seu uso não precisa ser imediato e jamais dever revelar nomes ou quaisquer indicações que permitam o reconhecimento por parte de terceiros. Guarde-se, nunca se sabe onde e como estas informações podem ser usadas.

Não gaste a munição à toa.

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