A rosa das areias !
Lembro meu coração sendo um deserto,
A sede de amor secou minha alma,
Aproveitando as gotinhas de orvalho,
Como esperanças dum oásis próximo,
Quanto miragens darem ilusões,
Quanto sonhos engolidos na areia,
Mesmo as lágrimas das decepções,
Não deram por uma esperança nascer,
Deus ! Que o caminho foi penoso,
Quantas vezes lutar para sobreviver,
Meu coração sabe de cada pôr de sol,
Amanha talvez a fim do viagem,
Foi você me guiando nessa rosa das areias,
Tranquila, perdida na imensidade vazia,
Tanto pura que água do coração,
Beijei-la como se fosse minha salvação,
A rosa esteve prisão duma princesa,
Nenhum cárcere resiste a amor sincero,
Apareceu assim meu amor de sempre,
Minha flor de vida, de amor e paixão,
O deserto se enfeitou e a vida renasceu,
O oásis minha vida se tornou cidade de paz,
Os raros anjos se tornaram multidão de sonhos,
A vida mesma tomou jeito alegre e certo,
Sabe, meu amor, da sorte que nós envolve,
Somente nossa paixão fica raízes e razão,
Nunca deixa nosso amor se afastar,
Por nunca retornar nesse deserto.
Le Gil 09/10/2009
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