“Nós vivemos entre dois mundos, ou seja, ente dois sistemas de percepção totalmente diferentes: percepção de coisas externas, por meio dos sentidos, e percepção de coisas internas, por meio das imagens do inconsciente”. (C.G. Jung)
Passamos a maior parte da vida pensando que temos a consciência de tudo o que acontece conosco, que nos conhecemos como a palma de nossa mão, mas na verdade a vida acontece mesmo é no inconsciente.
Um dos grandes desafios daqueles que querem alcançar o autoconhecimento é desbravar as fronteiras que separam o consciente do inconsciente, encontrar os limites de si e de sua própria personalidade, é saber qual a sua capacidade de amar e a sua impossibilidade de alterar os próprios destinos.
Todos nós sofremos de uma maneira ou de outra e muito desse sofrimento está ligado primeiramente ao apego que devolvemos as coisas materiais e mesmo aos sentimentos e segundo aos processos inconscientes profundos que representam toda a nossa vivência.
O ser humano é o que de mais elaborado e complexo a natureza e o universo fizeram em toda a sua história, nós somos instrumentos da criação e da destruição, da guerra e da paz, do amor e do ódio, do bem e do mal, somos os instrumentos que Deus criou para justificar a existência do tudo em contraposição ao nada.
As chaves do que vivemos no aqui e agora estão perdidas na escuridão do inconsciente e não somos capazes de sozinhos encontrá-las, a percepção racional não será nunca capaz de captar a plenitude que é viver, a maravilha que é essa criação chamada ser humano, o intelecto e o conhecimento por si sós jamais serão capazes de explicarem tudo, a intuição é o que falta para encaixar todas as peças desse imenso quebra-cabeça e ela mora bem lá no fundo de nosso inconsciente.
Estamos todos acostumados a acreditar e a apostar toda as nossas fichas nos nossos sentidos básicos (visão, audição, fala, tato, paladar, etc) e tudo aquilo que vemos, escutamos, tocamos, falamos e provamos julgamos ser tudo que resta de uma coisa chamada realidade quando na verdade a realidade é algo muito mais profundo do que aquilo que sentimos com o corpo, vai muito mais além e passa por outros caminhos, mesmo de olhos fechados você pode ver, mesmo de boca fechada você pode falar e mesmo que seja surdo você pode ouvir.
É preciso saber que muitos de nós criamos uma própria verdade e um próprio mundo que não corresponde ao verdadeiro mundo que existe, os sonhos são tão poderosos que podem invadir a nossa vida real e contaminar a nossa realidade, muito do que imaginamos existir na realidade são só nossos sonhos, você pode se achar algo que na realidade não é, tanto para o lado bom com para o mal, você pode ser mais bonito do que imagina ou mais feio, a nossa realidade é permeada de imagens reais e oníricas ao mesmo tempo.
As letras para se descrever algo são fáceis para se juntar o difícil é juntar e visualizar a realidade de uma forma verdadeiramente real e clara, as palavras à gente sabe completamente, mas a realidade nunca se sabe totalmente
