Tua enchente
Na bagunça democrática de gente
tento pontes, obstinadas,
obedientes...
Tento outros
por perder-te...
É que o peso
de não ter
e de querer-te
é salgado encontro árido
em deserto...
Mas enfim
na viravolta do chão quente
meus delírios te recortam,
feito mar,
ou como enchente:
eu te encontro
ou te recrio
e mato a sede
novamente... |