Outro dia comentei o trajeto pela S2 aqui em Brasília, por trás dos ministérios. Esqueci de falar que próximo aos anexos da càmara -hoje em dia anda minúscula mesmo - há faixas de segurança para a passagem segura dos pedestres que ali atravessam, seja em busca dos gabinetes dos deputados no anexo, seja no sentido oposto, em direção à càmara propriamente dita, refiro-me ao plenário. É um passa daqui para lá, passa de lá para cá que não acaba mais. De tanto passar para lá e para cá decidiram colocar guardas de trànsito junto à s faixas de segurança. Logo aqui onde de fato as faixas de segurança são respeitadas. Mas bem, sem os guardas o trànsito pára tamanho o número de passantes de um para outro lado.
Quem segue do leste para o oeste, como faço pela manhã, encontra na primeira faixa um guarda que realmente merece o nome. Cuidadoso, gentil, acompanha o trànsito e os passantes com desvelo e já é conhecido de todos que o cumprimentam com satisfação. Enquanto espera qualquer um há de observar a alegria com que ele encontra as pessoas e zela pelo atravessar de cada um. Parabéns moço cujo nome desconheço. Se toda a polícia agisse assim, teríamos mais confiança nela.
A próxima parada, cinquenta metros adiante, encontra um novo guarda. Profissional, zeloso, arrisco a dizer, educado. Atuação profissional impecável, mas sem o sorriso e a atenção dada pelo anterior. Nada contra, ele cumpre seu papel de fazer com que os passantes passem em segurança e os automóveis esperem com paciência. Mas falta o "tcham" a mais proporcionado pelo outro. Sei que há mesmo quem prefira assim. Uma certa distància, gestos profissionais, sorriso zero.
Há ainda mais uma parada neste trajeto, outros cinquenta metros adiante. Ali já não há faixa de segurança. Trata-se de disciplinar a entrada dos automóveis que vem do Itamarati e entram na S1. Sem o guarda o tumulto instalar-se-ia naquele horário.
Não sei se devido à ausência de pessoas os guardas que ali trabalham, embora sempre zelosos, usam óculos escuros e uma atitude de quem vai para guerra. Bem, é a guerra do trànsito, eu sei,mas justo ali no Ministério das Relações Exteriores? Uma atitude mais humana, nem pensar. Carro pra cá, carro pra lá, apito, gestos de "vamos lá que não tenho o dia todo para ficar aqui".
Os três funcionam, mas convenhamos, o primeiro deveria ser a regra e não a exceção.
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