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Contos-->A aldeia virou ... *02/11/2008* -- 02/11/2008 - 12:52 (Christian Gielen de Carvalho (Le Gil)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Romeo estava filho dum dono rico duma aldeia sossegada,
Perdeu seus pais ainda moço e permaneceu meio culto,
Muito cedo compreendeu o poder que teve herdado,
Usou tão bem que ninguém teve coragem lhe disputar,

Ele viveu tal um príncipe autoritário, ordenando e dirigindo,
Soube acertar o ditado : Nem se dispute a lei do mais forte !
Se achou tão importante de ser envolvido do poder divino,
Que a gente disse : Se ele fica assim, é que Deus concordou !

Mesmo por pegar mulher nunca se preocupou dos outros,
Encontrou-a e decidiu para ela sem outra forma de processo,
Mesmo chorando seus pais porque não quis, ela aceitou também,
Não quis ver os seus amigos sofrer por causa dela mesma,

Na aldeia reinava uma passividade oprimindo toda a gente,
Se acordava sempre para as raras festas ocasionais,
É loucura o que pode fazer e dizer um homem embriagado,
Até se tornar mais tirano que o seu dono nem conseguiu,

Pois um dia todo se desarrumou nesta aldeia esquecida,
Que seja por vontade de Deus ou por sua própria maldade,
O dono caiu doente, sua barriga tocou o som dá revolta,
Se derramou na arreia tal o sinal dum levantamento geral,

A sua mulher lhe retribuiu com rancor e indiferença total,
Toda gente deixou seus trabalhos por gostar de descanso,
Aproveitando a falha de ordens por gozar sem vergonha,
Incrível como a gente pode abusar duma coisa reconquistada,

O Romeo viu sua aldeia se desperdiçando em cada dia mais,
Se sentiu desamparado, mais doente e sem jeito por parar,
É estranha esta propensão que temos por se lembrar de Deus,
Sempre quando perdemos o sentido dos acontecimentos,

Ele também chegou por perceber que nunca estava rei,
Que seu poder ficou só o reino do medo que desenvolveu,
Então, desiludido, se ajoelhou por pedir conselho em Deus,
Agora humilde, ele virou criança pedindo ensino divino,

Compreendeu que guiar seus irmãos nunca entendeu de as reger,
Mas sempre de dar seu braço por quem estava cansado,
De ajudar a enfermeira, o padeiro ou qualquer quem precisa,
De dar a mão, afeição, de ser presente cada vez que se queira,

O Romeo entendeu e se transformou completamente depois,
Da manhã cedo saiu e deu mãos para todos seus irmãos,
Oferecendo seu sorriso e apoio para cada coisa que encontrou,
A gente sempre pensou : Mas é de todos os acontecimentos !

Mais que se envolveu assim, o mais se enriqueceu de felicidade,
Mesmo a mulher quem o tem odiado, chegou por lhe amar muito,
A gente lhe pagou com rir, saudades e amizade do coração,
A aldeia entrou num espaço de flores, de alegrias e bem-estar,

As festas se sucederam por cada acontecimento que chegava,
Ninguém precisa mais de se embriagar por rir e ser feliz,
Desabrochava-se a aldeia no amor, felicidade e alegrias,
Passou aquela aldeia por ser a mais feliz do país inteiro.

Obrigar e forçar a gente é maldade, saiba doar com o coração,
E a gente te retribuirá com o mais precioso tesouro na terra,
Seu rir e sua felicidade porque são dons de Deus !

Le Gil 02/11/2008






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