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Poesias-->ARMINDA -- 26/08/2009 - 18:24 (Elane Tomich) |
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Número do Registro de Direito Autoral:130938720830073300 |
Elane Tomich
(homenagem às Benzedeiras do Vale)
A cacunda carcomida
curvado, o olhar olha o chão
a pisotear desenganos
que acertos, isto são!
Ao contrário do engano
desengano desdobra a vida.
"_Ave Maria, menina
que menina foi Maria
mulher em precoce lua
onde em copos de água fria
pôs-se a lavar quebrantos
e mandou pra todo canto
ao Pai Nosso dos encantos
aquilo que era sina
ao avesso, escolha tua.
Livra de todo mal
essa força feminina
prostração tão sem ajuda
secando galho de arruda
Anjo Pai, aumente a mina
da alvura das salinas
sal grosso, erva do quintal.
De pronto a vida apronta
menina tu estás pronta
é só fazer o caminho
a cada passo e ferida
que calo no pé não conta,
conta a mesura do ninho
o cheiro do teu carinho
aquilo que a mulher dá conta
no bilro, rendando a vida!
Não cobro, não dou desconto
que vivi mais de cem anos
pra frente mais cem ainda
sei das noites os mil contos
desengano não é engano
ou não chamo Arminda!
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