Do mundo não sou só mais um andante,
Os meus caminhos não são mais adiante;
Eu me persigo em margens de mim, nuas:
Meu ser me diz do todo dentre as ruas
Que estão em minha carne e no meu grito,
Esquinas deste corpo em que me agito.
Sou minha estrada, curva sem final,
Início de mim mesma, sou total!
E, na viagem ao sopé do monte,
Sem guia e sem farol que me confronte,
A luz de um novo dia me encantou,
Porque aportei no cais onde eu me sou:
Palavra escrita, por mim foi parida
Em verso pleno de delírio e vida!
RJ/08.09
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