Falar em mulheres é um assunto sem fronteiras
Mulheres de todas as raças, nações, fortes, belas
Brancas, negras, amarelas... Guerreiras!
Mulheres africanas, muito mais do que um prazer
Um desafio necessário, um relembrar educativo,
Verdade, por vezes adormecida, sem voz, esquecida...
Necessidade íntima de comungar de similares ideologias, uma certeza
Esperança, resgate, admiração, reflexão, beleza
Rainhas, embaixatrizes, religiosas, nacionalistas, princesas...
Mulheres de um Continente gigante, de invasores, exploradores
De colonizados e colonizadores, de sangue, suor, morte e lágrima
Tradições, costumes, liberdade, luta, resistência
Trabalho e guarda
Pedaços de narrativas, por vezes esquecidas, sem vozes adormecidas...Nos livros de páginas amareladas
Pedaços de histórias de muita comoção, amor, morte, união, escravidão... Contrastes!
Ah! Essas mulheres!
Lembremos um pouquinho de algumas dessas negras preciosidades
Procuremos em nossa mente
Uma “ponte” entre o passado e a contemporaneidade
E para começar, relembremos a Rainha de Sabá
Sua Altivez, independência, influência e diplomacia
Junto ao rei Salomão, Senhor de muita Sabedoria
Ao relembrar-lhe sua missão terrena, como monarca
Descendente de Davi
Num tempo longínquo, século sete
A Rainha kahiana, nacionalista e também religiosa
Lutou bravamente contra a propagação do Islã
Em solo africano, ou melhor, em África Norte
Foi capturada e morta pelos árabes, assim
O registro de sua vida é um fato relevante
E sob sua liderança os africanos guerrearam bravamente
Dirigiram o exército árabe para o norte de Tripolitânia
Em África Ocidental, Yaa Asantewa, conduziu os Ashanti
Para a batalha contra a invasão inglesa
Essa Rainha Mãe de grande poder e valentia
“ilhou” os britânicos e demonstrou liderar
Com importante presteza e serventia
E como não falar da minha predileta?
Nzinga Mbandi do Nodongo Oriental
Mulher fatal e política implacável
Nobre embaixatriz e soberana rainha
Que durante quase quarenta anos
Governou absoluta e com valentia
Entre afetos e desafetos, acordos e desacordos
Conseguiu impor seu estilo sem demora
No reino do Nodongo
Onde hoje é Angola
Para defender o seu reino contra os portugueses
Fez uma tríplice aliança com o rei do Congo e os Holandeses
Viveu por oitenta e dois anos e deixou como herança
Um grande legado para o povo angolano
Nzinga é de fato, um mito africano
A mulher que faço menção agora é Winnie Mandela
A primeira mulher a se graduar como Assistente Social
Na África do Sul e com muita razão
Lutou contra o Apartheid, participou de lutas políticas
Foi presa e recebeu o título de “Mãe da Nação”
Mulheres africanas, governantes, estrategistas
Damas, soldados, Kamikazes...
Numa África dividida, disputada e tudo o mais...
A polaridade feminina fez a diferença
Empunhando armas,arriscando a vida
Em defesa de seus ideais |