Ausência
Tu sabes do meu tempo?
ou onde me aprisionas?
Tu sabes?
Certa noite de agosto,
teus dedos tocaram os meus.
E tudo o que eu queria,
era que suspirasses por mim.
Estive de olhos abertos,
bem abertos... para encontrar-te.
Minhas palavras, eram largo silêncio.
Meus silêncio tornou-se melancolia.
Noites que foram dias,
e os dias que doiam
com sua infinita ausência.
O céu era opaco,
como palavra em eco,
apenas escrita.
E novamente o silêncio,
como sombra à minha volta.
Vencia os primeiros dias de fevereiro,
de cores vivas, num grande verão...
e meu coração, ainda quieto, taciturno.
E chega outra estação, e te penso...
te pensava... e ainda penso...
meu peito geme de tanta dor..
Hoje és meu passado, e outro agosto,
todavia, ecoa o silêncio...
Te quero... te desejo...
não importa mais, o quanto
nem sequer,
o porque te quero tanto.
Valentina
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