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Artigos-->49. CRISTIANISMO REDIVIVO — JOÃO EDUARDO -- 08/12/2002 - 09:41 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


“Não mais, Senhor, que a alma tenho cheia de temor e de caprichosos desejos.”



Assim clamavam muitos cristãos, no momento do sacrifício, diante das feras, nas arenas dos circos romanos. Embora fugissem temerosos do último testemunho, foram assim mesmo recebidos em júbilo do outro lado da esfera. Para que suas atitudes merecessem total e irrestrita aprovação, deveriam ter levantado aos céus as mãos e suplicado ao Senhor coragem para enfrentar o último desafio. Os que assim procederam, em harmonia com seu conhecimento incipiente dos benefícios da redenção, atingiram clímax de glória e tiveram oportunidades de progresso muito significativo.



Ainda que nem todos tivessem obtido lucro espiritual de relevo, todos, indistintamente, conseguiram lograr destacado posto junto ao cristianismo nascente. Mais tarde, um a um, retornaram ao encarne, em situações as mais distintas possíveis, com encargos variados, mas sempre promovendo aprimoramento moral e espiritual de quantos puderam participar de sua peregrinação e judiciosa companhia. Até hoje, é possível encontrar congregações inteiras acolhendo grupos de espíritos que chegaram unidos a este ponto evolutivo e não há nada mais bonito do que observá-los em suas tertúlias, recordando feitos de benemerência e de profundo amor ao Cristo, com quem alguns tiveram o privilégio de conviver, mesmo que não em círculos muito próximos.



Poucas são as almas que persistem em errar sem destino, embora tivessem contemplado o Cristo de passagem. Alguns poucos são incapazes de recordar a suprema glória de ter presenciado passagem tão brilhante pela face da Terra. A grande maioria fala com entusiasmo de sua concepção primária de sacrifício, reconhecendo que muitos voltaram à vida para resgatarem falhas da última hora, na formação de sua religiosidade e de sua devoção.



O mais das vezes, no entanto, quando se encontram esses espíritos, é para recordar a suprema alegria de terem convivido em época de extrema grandeza para os encarnados, época em que os espíritos brilhavam de luz de empréstimo, é verdade, mas muito intensa e abrangente. Quem mais sorri nessas reuniões, demonstrando alegria de profunda emoção, são os que se deixaram sacrificar às feras ou que foram queimados ainda em vida, na fúria insana de seus perseguidores.



Por falar em perseguidores, muitos deles estão presentes em tais reuniões e choram a benemerência de que foram alvo pela horda de cristãos ressurrectos, que, muitas vezes, tiveram como missão no reencarne buscar a salvação dos que tão atrozmente desempenharam o triste papel de algozes. É preciso enfatizar que as lembranças não são dos momentos de dor, mas referem-se aos dias de júbilo, quando ou alcançavam a honra de brilhar no Cristo, ou obtinham sucesso ao recolocar seus adversários no caminho do Senhor. Mais tarde, todos terão oportunidade de juntar-se em uma só coletividade redentora, pois é preciso que muitos e muitos espíritos se preparem para façanha de muito mais ampla envergadura junto aos humanos: o incentivo ao arremesso para cometimentos de valor moral e espiritual de vulto, capazes de promover o encaminhamento da humanidade na direção de seus mais altos propósitos.



Sentimos que nos falta conhecimento para enveredarmos com segurança nesta trilha de cometimentos. É de todo seguro, no entanto, referirmo-nos ao fato, para que atentos fiquem todos os que, do mesmo modo que os cristãos primitivos, se encontrem aptos ao sacrifício até de suas vidas em prol da salvação da humanidade. Não gostariam vocês de partilhar das mesmas festas junto aos irmãos redimidos? Não gostariam de vibrar em uníssono na felicidade maior do dever cumprido? Não gostariam de sentir-se prontos para aventuras mais promissoras e mais importantes? Quem de vocês poderá, em sã consciência, dizer que abre mão de tantos benefícios (os que são os mais desejáveis do universo), para flutuarem ainda por milênios sobre a áspera crosta da Terra, vagando indefinidamente atrás de pequenas vitórias humanas? Quem não se colocará ao lado desta fileira de espíritos de escol, moldados na fornalha da luta pelo evangelho e batizados nas águas cristalinas do amor?



Evidentemente, estamos convidando a todos mas ressaltamos que depende de cada um fazer vingar a sua filiação ao partido de Deus, pois muito trabalho será exigido e muito sacrifício penalizará os que se atrevem a seguir rumo à divina perfeição. E não poderia ser de outra forma, pois o Cristo afirmou que, para obter o reino de Deus, deve o homem despojar-se de seus bens materiais. Assim que se fizer essa primeira opção, o homem irá perceber que os espinhos da jornada o esperam para dilacerarem sua carne. Deverá, então, estar preparado para enfrentar trabalho duríssimo, muita incompreensão, muita desilusão junto aos companheiros a serem salvos, muito perjúrio, muita maldade. Mas para poder salvaguardar-se, terá o apoio comprometido desta imensa legião de anjos do Senhor, que muito farão para sustentar o trabalho, avançando nas conquistas dos que se prontificarem a atender ao chamamento divino.



Agora, quando estão organizando-se tais forças, é preciso realizar trabalho de preparação moral e intelectual, buscando-se, no procedimento justo e honesto, bem como nas leituras elevadas e educativas, pautar os princípios de vida, para que o espírito de cada um se veja em condições de receber o influxo de informações e de orientações que sobre cada um recairá. Neste ensejo, propomos que se elevem preces de agradecimento e pedidos de muita coragem, para que ameaças de deserção não pairem sobre a comunidade encarnada. É preciso saber vigiar o coração e a mente, para que não resvale o homem, caindo nas ribanceiras do pecado, via desarmonia social, desamor, injustiças várias, inveja, ciúme e demais atos de vandalismo moral que soem acontecer junto aos mortais.



É preciso agir confiantemente, com o coração cheio de fé, para o que recomendamos a leitura dos textos sagrados do Evangelho, os quais darão o anteparo moral de que todos necessitam para fortalecimento de sua vontade, para amparo moral de sua decisão e para firmeza durante a luta que se travará contra os instintos da maldade de que os homens deixaram impregnadas suas mentalidades e seus corações. Vamos, pois, todos unidos, perlustrar esta estrada maravilhosa que nos levará em conjunto para órbita mais elevada, em direção ao círculo do Senhor e, para isso, reunamo-nos qual poderoso exército a assaltar as muralhas do vício e da maldade. Unamo-nos como fizeram os cristãos do primeiro tempo, para termos certeza de que, juntos, conquistaremos o nosso lugar definitivo no reino de Deus.









COMENTÁRIO — MARCELO E EQUIPE



Esta exortação é de todo o grupo que aqui se reúne para estes trabalhos de aprendizado e divulgação. Mas não deve “enfeitiçar” os leitores. Trata-se de mais um desenvolvimento de texto em caráter experimental, sob a responsabilidade de um dos noviços, que aqui se encontra fazendo o seu “début”, a sua primeira “performance” no campo da transmissão mediúnica.



Se formos avaliar esse seu primeiro desempenho, poderemos reparar que está pleno de viço e, por isso mesmo, peca por entusiasmos juvenis, dado que de todo não se desligou do espírito de luta que trouxe da derradeira encarnação. Seu nome é João Eduardo e tem capacidade de desenvolver trabalho ainda mais sério e abrangente.



Seu texto, evidentemente, reflete atitude extasiada diante das novidades que se lhe pareceram exponenciais em decorrência de seus ardores de jovem. A nota a ser dada é bem elevada, é uma nota nove e poderia até ser dez — a máxima de nossa escala— , por que soube argumentar e elaborar texto em que o primeiro elemento se desenvolve harmoniosamente com os ideais espiritualistas, vindo a conclusão a enfeixar as idéias desenvolvidas em confirmação integral da tese, tirando-se, por via de conseqüência, inferência positiva de primeira grandeza, qual seja a de envolver a todos no trabalho redentor, que é a chave que abre a última porta da existência.



Mas o desenvolvimento sofre ainda dos embalos da “filigrana” argumentativa calcada em princípios mais emocionais que intelectuais, mais artísticos que plenos da pujança mesma dos poderosos argumentos bíblicos e evangélicos, dado que os recursos de que o jovem espírito dispõe ainda são insuficientes para aventura de mais largo fôlego por estes mares encapelados do mundo humano, onde o poder de uma idéia corretamente exposta sempre esbarra em preconceitos e, por isso, à força, é desconsiderada, posta de lado e relegada ao esquecimento, ainda mais especialmente quando o que se pede ao leitor é muito sacrifício, o que o assusta, sobremodo, ao saber que está sendo comparado ao dos cristãos primitivos, a quem muito se exigiu em discernimento e em altruísmo.



Vamos orientar o jovem advogado a rever seus argumentos, para não ferir os melindres dos leitores, e desejar-lhe toda a sorte do mundo em seus avanços por este difícil caminho de convencimento dos encarnados para lutar pelo seu próprio e superior interesse.



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