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Cronicas-->Viva a livre iniciativa -- 14/08/2005 - 13:07 (Paulo Maciel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Hoje pela manhã sai de casa para comprar um assento de vaso sanitário. O do banheiro de meu quarto, depois de anos literalmente sob nosso peso, quebrou!
Primeiro, fui a uma grande loja de materiais de construção, um verdadeiro supermercado especializado.
Infelizmente, não possuía a marca que eu desejava. Mas, exibia toda uma alameda com assentos, de fabricantes, cores, formatos e materiais variados.
Havia desde o popular, de plástico comum, aos sofisticadíssimos modelos de material transparente, diria melhor, translúcidos, algum sub-produto petroquímico tipo acrílico, de cores moderníssimas, a começar por um lilás suave ao cinza chumbo!
Além dos de dimensões tradicionais, ovalados, uns até forrados de material espumante, encontrei alguns de formato bem maior, retangulares e mesmo triangulares.
Ao ler os preços que cada um deles exibia, grafados em números nada discretos sobre elegantes plaquetas, fiquei estupefato: o mais barato custava Cr$83.000,00 (5,50 dólares, na moeda universal) e o mais caro Cr$1.670.000,00 (111,00 dólares), exatamente vinte vezes mais do que o popular.
Não sei porque, imediatamente após a leitura dos preços, lembrei-me de Cuba e dos antigos países ditos socialistas, onde a programação industrial, a produção de bens sob o controle do Estado teimavam em impor ao consumidor a monótona padronização que pretendia racionalizar a atividade industrial e nivelar, artificialmente, as pessoas através de padrões especificados pelos burocratas.
Daí, pensei na sociedade americana: quantas espécies de assentos de vaso sanitário são fabricados nos Estados Unidos?
Certamente, muito mais do que a variedade de tipos e preços que eu encontrara naquele magazine, capaz portanto de atender ao gosto e à renda dos consumidores, cada um deles inteiramente diferente do outro, sob quaisquer formas de comparação.
Passei a manhã refletindo sobre essa filosófica questão, ou seja, sobre o conflito político entre a total liberdade de uma sociedade produzir e vender o que quiser e a capacidade do Estado de decidir a que a população pode ter acesso.
Afinal, no início da tarde cheguei à conclusão de que esse conflito desapareceu do mundo atual, pois os regimes que pensavam e decidiam pelo cidadão praticamente desapareceram nesta década...
Ah! o assento lá de casa? Em outra loja, pequenina, em Itapoan, achei a marca que queria e comprei por Cr$350.000,00 (23 dólares), o modelo e o valor que atendem às minhas preferências e a meu padrão de renda...
22.01.93
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