Usina de Letras
Usina de Letras
163 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10356)

Erótico (13569)

Frases (50607)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6186)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Teses_Monologos-->Além ignorando aquém... Cedo ou tarde cai !... -- 12/07/2003 - 09:53 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Para os que tiverem dúvidas: raciocinem !...

A propósito das desmioladas e temperamentais alusões com que a actual e assumida "Milguima Azulães" me vem mimoseando, vertidas a ponto de chegar a lamentar Camões e Pessoa sempre que a estes vates me refiro, enfim, mesmo que em óbvia e evidente contradição seja sobre o que for, conquanto esteja eu na sua óptica, ocorre-me tomar o célebre prenúncio pessoano: "A minha pátria é a minha língua". No entanto Pessoa saíu além ignorando o aquém de base. Como poderia pois saber... Senão viajou nem sentiu na pele a essência real da linguagem. Tão pouco terá meditado sobre o fenómeno de Babel.

Antes que chegue ao desfecho que pretendo, com progressiva relacionação, começo por descrever uma interessantíssima e comovente ocorrência recente.

Pessoa... Só ou mais!...

Há dias, um garotinho de 5 incautos anos, que brincava na margem direita do rio Douro, desiquilibrou-se e caiu na corrente. Um operário de construção civil que trabalhava próximo do local, emigrante angolano, não hesitou e tal como estava lançou-se de imediato à água, logrando estoicamente salvar a criança.

Na altura, José Cazaqueca, alheio a lisonjas, prosseguiu naturalmente seu trabalho, esclarecendo com modesta simplicidade, breve: "Cumpri o que meu sentimento sem mais determinou".

Todavia, bem depressa por toda a Ribeira a corajosa façanha se propagou. O presidente da edilidade portuense soube e quis homenagear o providencial herói, oferecendo-lhe uma salva de honra, comemorativa do acto e perguntou ao José o que mais desejaria no momento. Submisso e humilde, à guisa de saudoso desabafo, o cidadão angolano desabafou: "Oh... Gostava de rever minha mãe... Em Luanda... Há já quatro anos que a não vejo".

E o José Cazaqueca vai a Luanda. Tem já disponibilizados os 1.000 euros que precisa para efectuar a viagem. Que lindo... Que belo... Que bonito acontecimento real aconteceu no Porto.

Pátrias e Línguas

Apelarei ao raciocínio dos eventuais leitores para que esmiucem o porquê efectivo de se falar uma dada língua, algo que se sente como se nos estivesse na pele e no íntimo, tal qual fosse mais um sentido que possuímos, mesmo sem saber ler e escrever...

Conheço várias senhoras de origem francesa casadas com portugueses e a viverem em Portugal, cujos filhos, embora dominando fluentemente o português, exprimem em francês as suas intimidades. Outrossim, conheço africanos que adoram, quando estão reunidos, exprimirem-se nos seus dialectos de origem. Também sei que, independentemente de locais e nacionalidades, os filhos sentem explícito o idioma das respectivas mães. No mundo inteiro assim se passa e acontece. As excepções não são relevantes e derivam tão só dos dramas e desquites matrimoniais ou quando a maternidade é incógnita.

A Questão... É ou não é?

Estou sentimentalmente convicto, por aquilo que sinto e a experiência na vida me faz traduzir, que a linguagem dos povos não depende de nacionalidades nem de pátrias. Se eu, por exemplo, sem nunca ter posto os pés na China, nascendo em Portugal, tivesse tido mãe chinesa que me acompanhasse até à entrada na escola, falaria e sentiria hoje em mandarim, que é a língua mais falada no planeta. Há horas estive com um miúdito de 7 anos, excelente karateca, chinês nascido no Porto, que fala correctamente português, mas a sua língua sentida deveras é a da sua mãe, chinesa casada com um português.

Afirmo... Enquanto houver uma mulher portuguesa na terra em condições de procriar, também haverá língua portuguesa. É... Ou não é?

Fico por aqui Dona Milene Arder. Não entro em questões sérias à conta de "merdices" estultas, servidas apenas por egoísmos pessoais de má fé e esconso critério. A peçonhenta pugna que travo consigo tem apenas em vista um exclusivo fim: - "De-uma-vez-por-todas" as tramas que tem por hábito protagonizar aqui na Usina irão cessar definitivamente. Isto lhe garanto eu, enquanto estiver vivo. Aqui estarei sempre em face e, por causa de mim, a Senhora, na Usina, estará assim impedida de fazer a outros o mesmo que já fez a alguns. Entende?!...

Sabe porventura o que Pessoa não viu?!... Não sabe, mas vai ficar a saber a partir de agora:

Muito mais do que a pátria e a língua
Ou de tudo que há na vida o maior bem
É a mulher a pátria além da míngua
E a minha pátria foi sempre minha mãe!

É tese... Ou constatação incontornável?!...

Torre da Guia

PS = O que é que acontece aos lobos se as fêmeas se extinguirem?!...

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui