NINFAS DE ÍSIS.
(poema dedicado a BRUCE DICKINSON)
Amy Higgins Schneider
O falcão das paixões escreve sua trilha no espírito dos eupátridas,
o Zéfiro noturno concede seu sopro refrigério aos corpos envoltos em divo mistério.
A máscara camufla seu rosto de ferro dentre atitudes irrelevantes, e a armadura acorrentada traz-lhe lágrimas causticantes.
Os olhos da noite fitam a auréola dos fecundos de espírito, sussurros ocultos em névoa de luz esperam as orações vibrantes, que os olhos de Fênix os tornem reverberantes.
Florestas do rio em cores, Ísis concede às brisas a ambrosia que fecunda o pólen das flores.
Osíris espera os raios de Aton, para que o vinho espiritual tenha aroma bom.
O arco-íris do templo solar trepidará as mansões régias,
as espadas curvarão seu fio e erguerão sua empunhadura, quando amadurecer o canto do humo, e quando o Nilo der vida aos brotos da terra e fecundar o solo em seu espírito aquático, para varrer de seus domínios o vinho insípido de concepções desluzidas, e almas sem direito ao sopro de suas vidas.
O favônio soprará as folhas secas e as brisas trarão o néctar para perfumar os filhos de Ísis e do pólen das flores virgens nascerão matrizes.
Fênix abrirá suas asas sobre a terra fértil, as sombras, os corpos, os espíritos serão congratulados com a benção do Sol poente, e das águas da Fonte as Ninfas clamarão sementes, para que o trigo das manhãs torne o gérmen renascente.
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Manaus- 22 de outubro de 1986.
Publicado no NOTIBIN (NTB) outubro de 1986, ano 2 – 6ª edição – Colégio Batista “Ida Nelson”.
16 matérias, na 10- AMY HIGGINS, A POETISA DO ANO.
Manaus, 09 de agosto de 2009.
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