que pretende relançar também os outros dois livros
do autor: Lugar Público e Nações Unidas.
Zé Agrippino é autor de Panamérica, uma obra que teria influenciado Caetano
Veloso. Verdade Tropical. No livro de Caetano,
Zé Agrippino foi citado 41 vezes. Na época, o livro arrancou elogios de gente como
Mário Schemberg, Carlos Heitor Cony e Nelson
Werneck Sodré.
É também a esse livro que se refere aquele trecho de Sampa: "Panaméricas de Áfricas utópicas". Agrippino achou que a tropicália não era tão "integrada" como deveria.
Ele achou que a única música que escapava no disco Panis et Circensis era a música homônima,
como participação dos Mutantes. O resto era
subdesenvolvimento musical brasileiro.
Um erro. Daí a tropicália ficou sem divulgar sua literatura, e ele virou dramaturgo e cineasta (um de seus filmes, Hitler no terceiro mundo, teve até participação de Jô Soares), ficando depois esquecido. Evelina Hoisel falou
dessas suas faces num livro chamado
O Supercaos, que ainda dá para encontrar por aí.
Zé Agrippino, segundo li no jornal O Tempo, está
agora esquizofrênico e vivendo isolado em Embu,
no interior de São Paulo. A filha morreu num
acidente de carro há algum tempo e isso enfraqueceu seus laços com a realidade.
Na foto da matéria, ele está cabeludo, barbudo
e parcialmente grisalho.
Ainda segundo a matéria, a Casa das Rosas lhe
deu um vídeo e uma TV, talvez para compensar o seu estado de miserabilidade e o fato de que ele hoje nem é socialmente responsável. Ele nem mexeu