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Artigos-->CRISE DE PARADIGMA -- 07/12/2002 - 20:06 (medeiros braga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CRISE DE PARADIGMA







Eu não sou pessimista; muito pelo contrário. Eu acredito no estabelecimento de um mundo melhor. Eu sinto o fortalecimento da luta da sociedade para este fim. Há um processo de conscientização em marcha. Foi esse processo quem viabilizou a eleição de Lula. O apoio da direita não é suficiente para encobrir este fato.



Mas, o que eu acho é que não há saída no capitalismo. A recente crise de paradigma a nível internacional, comprova isto. A globalização dos ricos, fortalecida pelo neoliberalismo que minimizou o Estado, não foi suficiente para resolver os problemas, mesmo dos países denominados de primeiro mundo.



Os Estados Unidos são prova cabal. Essa nação dispõe de uma tecnologia avançada em todos os setores da economia, leva vantagem nas trocas internacionais com seus parceiros do primeiro e segundo escalão e, por cima, extorque as nações do terceiro mundo, e, no que pese todas essas vantagens, não consegue resolver os seus graves problemas sociais. Ali, o desemprego está alto, cresce o número de pobres e de miseráveis que, semanalmente, engrossam as filas em generosas entidades filantrópicas. O setor primário, mais precisamente, a agricultura, para continuar existindo, vem sendo beneficiada com elevados subsídios.



No Brasil, a pequena produção agrícola que ainda envolve muitos milhões de famílias está, pois, quebrada. É bem verdade que houve um avanço considerável na área social. A construção de moradias que vem sendo implementada, a implantação de sistemas de abastecimento dágua para o consumo e de redes de eletrificação rural, foram significativas. Até mesmo a saúde e a educação evoluíram, embora se observe a inadequação, principalmente, desta última no que diz respeito aos currículos escolares.



Porém, do ponto de vista econômico a crise, não apenas persiste, mas, se agrava. O pequeno produtor rural está impedido de entrar em um banco ou de contratar um trabalhador e conceder-lhe os seus direitos. Há algumas exceções com certas culturas ocasionais. Mas, regra geral, que é por onde se deve fazer uma avaliação, podemos afirmar que o pequeno agricultor está quebrado. Só aquele que não anda no campo é quem pode afirmar o contrário.



O único fato de positivo que se pode verificar é o processo de organização dos seus agentes que, movidos pelas necessidades crescentes, estão vendo no associativismo uma forma de viabilizar pela força coletiva, a solução para os seus problemas. Por outro lado, muitos técnicos comprometidos com a sua luta, estão apoiando; buscando fazer o melhor; orientando-os na preservação do meio-ambiente e na diversificação de culturas; procurando elevar a produtividade e um meio de agregar valor aos seus produtos. Limitados, porém, nas tarefas de melhoria das suas condições de vida, já que solução não existe neste modelo econômico desigual e injusto.



É bem verdade que a criação de animais de pequeno porte tem contribuído na geração de renda, mas, é verdade também que o agricultor não pode deixar de lado a produção de milho, feijão, arroz, farinha de mandioca, batata-doce, entre outros produtos que não lhe trazem, positivamente, nenhum resultado financeiro, mas que é ele obrigado a produzi-los para o sustento de sua família e até mesmo para o abastecimento de pequenos centros urbanos mais próximos. Impor a substituição de tais bens se constitui em uma agressão violenta à sua cultura.



Fazer o quê, então?... Simplesmente, lutar. Organizar-se em associação, fortalecer sindicato e, através da força coletiva, pressionar o poder público no sentido de atenuar essas dificuldades, já que extingui-las é impossível. Reivindicar, pelo menos, um subsídio agrícola e cobrar uma política de preço mínimo para o setor. Isso, enquanto uma alternativa de modelo econômico igualitário, justo e humano não for construída. O que será, inevitavelmente, menos tarde do que se espera.



Com a força coletiva

Um mundo melhor é possível.

São de pingos de água

Formadas as enchentes dos rios.

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