Como roupa amarrotada
vesti minh`alma torcida,
ainda um pouco molhada,
pingando restos de vida.
Tinha nódoa transparente
manchando o que a gente sente.
Tiro a limpo meu passado,
lavo a sina no presente,
desejo em banho-maria,
morna a vida... quase fria!
Futuro passo a ferro quente.
tiro as dobras do horizonte
das metas os obstáculos,
bebendo da mesma fonte.
E vivo fartura calma
com o que me sobra da alma,
projeto de anonimato,
tempo em artesanato
sem retoques, espetáculos
Meu novo auto-retrato.
Elane Tomich
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