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Contos-->SEI QUE NÃO PRESTO, SOU UM VERME -- 02/09/2008 - 09:46 (MARIA AICO WATANABE) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SEI QUE NÃO PRESTO, SOU UM VERME

Maria Aico Watanabe


Álvaro, 44 anos e sua mulher Geni, 42, tem dois filhos adolescentes: O Alexandre com 16 anos e Tiago com 14. A família mora num confortável e luxuoso apartamento no Tatuapé.
Álvaro é empresário com escritório na Avenida Paulista. Alexandre trabalha na empresa do pai e vai todos os dias de carro com o pai. Cumpre todas as obrigações dos outros empregados, sem regalias.
Tiago vai se envolver com más companhias, drogas e criminalidade.
Neste conto, resultante da combinação de vários noticiários, entram mais personagens, cujos nomes, assim como os dos anteriores, foram trocados.
Dona Ernestina, 73 anos, enviuvou-se cedo e criou sozinha os três filhos – Augusta, Marcos e Eduardo, hoje bem encaminhados na vida e casados com bons partidos.
Augusta, 46 anos, a filha mais velha é casada com Roberto, 50, empresário de uma pequena firma produtora de cosméticos, que está passando por má fase. Augusta e Roberto tem uma única filha – a Débora, 18 anos, alta e esbelta, estudante de arquitetura e que quer também seguir carreira de modelo. A família mora numa ampla e bonita casa no Tatuapé.
Marcos, o filho do meio de Ernestina, lhe deu os netos Marcelo, 11 anos, que quer ser tenista profissional no futuro e Fabinho, 8 anos, exímio nadador, com Pan e Olimpíada em seus planos. Os garotos treinam no clube todas as tardes.
Eduardo, o filho caçula lhe deu Juliana, um ano de idade a completar nos próximos dias, loira de cabelos encaracolados, olhos azuis, um querubim e xodó da avó.
Os netos são a razão da vida de dona Ernestina que sempre está passando pelas casas dos filhos para ver os netos. Ela enche os netos de mimos, preparando-lhes doces, compotas e caprichadas festas de aniversário. Estava escolhendo a receita do bolo para o aniversário de Juliana, quando as coisas aconteceram.
Débora é a neta mais querida de dona Ernestina; são muito amigas.
Conceição, 29 anos, é empregada de Augusta, e está grávida de sete meses. Mesmo assim, Augusta exige que Conceição faça toda a faxina da casa. Quer o piso brilhando, nenhum sinal de pó nos móveis, a pia arrumada e limpa, as louças lavadas e tinindo, as panelas brilhando. E ainda tinha que carregar as compras de supermercado.
Ao contrário de Alexandre, Tiago não queria trabalhar. Só acordava cedo porque tinha que ir à escola, dormindo tarde e passando o tempo a jogar vídeo-game no quarto.
Aos 13 anos, Tiago se enamora de Adriana, 17 anos, viciada em drogas. Logo ela induz Tiago a fumar e para as drogas foi muito rápido, primeiro a maconha, depois cocaína e depois crack.
Não havia necessidade, mas Álvaro queria que os filhos fossem responsáveis desde cedo. Quando Tiago completou 14 anos, começou a levá-lo ao serviço, para que aprendesse a trabalhar.
Álvaro tinha 4 empregados: Walter, 36 anos, o empregado mais antigo e de confiança, Larissa, 25 anos, secretária bonita e sensual, embora um pouco burra, Rafael, 21 anos e Bruna, 22 anos, empregados administrativos.
Álvaro não estava entendendo o que estava acontecendo em sua empresa nos últimos tempos.
O Rafael nunca terminava de aprontar a planilha de custos que Álvaro lhe havia pedido para preparar há 20 dias; Bruna continuava “enrolando” no relatório de vendas há 18 dias. Eles não eram assim, sempre foram bem mais eficientes.
Tiago dizia a Bruna e Rafael:
- Seu patrão, além de lhes pagar salário de fome, está explorando vocês. “Enrolem” o relatório e a planilha, não o obedeçam.
- Cadê o relatório de vendas ? Cadê a planilha ? Há 20 dias que estou esperando, quer saber Álvaro.
- Chefe, é que estamos muito sobrecarregados ...
- Sobrecarregados, que nada. Vocês só tem esses trabalhos para fazer, há 20 dias. A planilha é muito simples de ser montada, o relatório de apenas duas páginas ...
Larissa chega para Tiago:
- O Fernando, o gerente do banco ligou marcando uma reunião do chefe na agência, para tratar dos detalhes do empréstimo. Devo avisar o “seu” Álvaro ?
- Avise coisa alguma. Ele que se dane.
- A Dra. Cássia, a advogada ligou mandando avisar que a audiência com o juiz já foi marcada. Devo avisar o chefe ?
- Avisa não. Quanto menos o seu chefe estiver informado, melhor.
- Ele me pediu para marcar consulta com o dentista, o Dr. Mário. Telefono para o consultório ?
- Você vai é ficar quieta. Seu chefe que se dane. Pra que é que ele tem telefone na própria mesa ?
Larissa que sempre foi muito atenciosa e organizada, começou estranhamente, a “esquecer” de passar os recados. A agenda estava uma bagunça ultimamente.
- O Fernando me disse que deixou um recado com você. Por que não me avisou ?
- Esqueci, “seu” Álvaro.
- A Dra. Cássia ligou no meu telefone dizendo que havia pedido para você me avisar da audiência com o juiz. Por que você não me passou o recado ?
- Esqueci, “seu” Álvaro.
- Esqueceu disso também ?!
- Marcou minha consulta com o Dr. Mário ?
- Esqueci ...
- Será que você está com amnésia? Ou se trata de manifestação precoce da doença de Alzheimer ?
- Doença de … ? Que é isso, patrão. Não estou doente não.
- A minha agenda anda uma bagunça. Você era mais cuidadosa. O que está acontecendo por aqui ?






Walter observava tudo em silêncio. Um dia, ele procura o patrão:
- O senhor tem um pequeno subversivo em sua família.
- Quem ? O Alexandre ?
- Não conhece os seus filhos, não, patrão ? O Alexandre é uma pérola de garoto. Não teria essa maldade.
- O Tiago, essa merdinha.
- Merdinha mesmo, patrão. Aliás, é um câncer que precisa ser extirpado logo. Ele está subvertendo o Rafael, a Bruna e a Larissa.
Tiago era muito esperto e inteligente para a pouca idade que tinha. Aliás, inteligente até demais. E seguia fielmente o princípio de todo jovem revolucionário: não confiar em ninguém maior de 30 anos. Por isso não mexeu com o Walter. Nem com Alexandre. O irmão poderia entregá-lo ao pai.
Agora, Álvaro entendeu o que estava acontecendo em sua empresa. Ficou indignado.
Álvaro nunca mais levou Tiago para trabalhar em sua empresa. À noite, Álvaro conversa com Geni no quarto do casal:
- Você viu a ousadia do seu filho Tiago ?
- O que foi que ele aprontou agora ?
- Ele estava subvertendo os empregados da empresa !
- O quê ?! Conheço bem o meu filho, mas nunca imaginei que chegasse a esse ponto.
Em casa, Álvaro e sua mulher passaram a apenas tolerar Tiago. Mais um deslize o expulsariam de casa.
Alguns dias depois, numa das saídas da escola, Tiago como de costume foi procurar Tonhão e Pedrão, traficantes, para comprar drogas. Caminhou alguns metros e topou com dois caras – o Tião, 27 anos, desempregado e Carlão, 24 anos, um desocupado – que o estavam observando. Os bandidos são “experts” em farejar e recrutar parceiros para seus crimes. Os viciados em drogas, que já estão em contato com a criminalidade, os traficantes, tem um perfil perfeito para serem recrutados.
- Quer descolar uma grana fácil ?
- O que querem dizer com isso ?
- Assaltar a agência do banco. Fica numa rua tranqüila, não tem detectores de metal e só tem um segurança. Está no papo.
- E querem que eu me junte no assalto ?
- Vamos dividir a grana com você. Que tal ?
No dia combinado, Tiago e seus comparsas Tião e Carlão entram na agência com armas na mão. Tiago logo aprendeu a usar armas.
Conseguem dominar facilmente o segurança, tomando-lhe a arma. Anunciam o assalto:
- Todo mundo para o banheiro, menos um para abrir o cofre !
No cofre havia apenas R$2.000,00. Todo o dinheiro havia sido levado no dia anterior pelo carro-forte. Os bandidos recolhem o dinheiro. Depois mandam o funcionário esvaziar os dois caixas. Ao todo, conseguem R$2.200,00.
Os bandidos fogem correndo da agência. Não deu tempo de chamar a polícia.
Álvaro ficou sabendo do envolvimento do filho no assalto ao banco. Fica uma fera e chama o filho para uma conversa. Foi a gota d’água:
- Nós te demos casa, comida, a melhor escola. Tentei te envolver num trabalho honesto na empresa. E deu no que você fez com os empregados. Você só se envolveu com drogas, más companhias e agora com bandidos perigosos da pior espécie. Você não soube respeitar e dar valor às coisas que te demos de coração, com amor. Agora, pegue as suas coisas e suma daqui de uma vez por todas. Nunca mais volte a pisar nesta casa !
Tiago ouve tudo cabisbaixo. Nem vai ao seu quarto pegar suas coisas. Vai embora só com as roupas do corpo.
Tiago passa a viver na rua. Abandona a escola. Quer dizer, continua indo à escola, mas só para comprar drogas. Para conseguir o dinheiro para as drogas, assalta covardemente mulheres e velhinhos que encontra pelas ruas.
Uma noite, quando Tiago fumava crack num beco escuro, aparecem à sua frente, Tião e Carlão. O sangue sobe à cabeça de Tiago:
- Filhos da puta, vocês ficaram com todo o dinheiro do assalto. Arrisquei minha vida e fui deixado na mão !
- Calma, companheiro ! O dinheiro era pouco e só deu para o porre. Nem deu para ir à zona para uma farra com as putas, não é, Carlão ?
- O que querem agora ? Que eu participe de novo assalto e banque o trouxa outra vez ?
- Calma, pivete. Agora, você é dos nossos. Escute. Temos um grande negócio.
- Vamos seqüestrar a filha da patroa de minha irmã. Conceição, minha irmã, está grávida de sete meses e foi muito maltratada. Queremos nos vingar deles.
- E como vão fazer isso ?
- Minha irmã me deu o número do telefone da família e os horários de Débora, a filha. Vai ser fácil.
- Já tem para onde levar a menina ?
- O Carlão tem um amigo em Ferraz de Vasconcelos que vai nos emprestar o seu barraco enquanto negociamos o resgate.
- E quanto estão querendo exigir ?
- Quatro milhões. Dois milhões para livrar a cara de minha irmã e de meu sobrinho e é claro, a minha também. Um milhão e meio para o Carlão. 500 mil está bom para você, meu chapa ?
Dias antes desse encontro, Conceição pede demissão:
- Por que você está pedindo demissão agora, que o nenê está para nascer ?
- Com sete meses de barriga é muito duro para mim continuar esfregando o chão, limpando os banheiros ... Além disso, preciso preparar o enxoval do nenê, comprar o bercinho ...
Augusta estranhou o pedido de demissão repentina. Sabia que Conceição estava precisando de dinheiro – o namorado havia dado no pé assim que soube da gravidez, deixando-a na mão. Mas, deixou a empregada ir. Não podia mesmo adivinhar o que estava por trás desse estranho pedido de demissão.
Dia do seqüestro: Débora havia acabado de chegar de carro, de volta da faculdade. Apertou o botão do controle remoto para abrir o portão de madeira basculante. Seu carro foi cercado por Tião, Carlão e Tiago que chegaram com armas na mão.
Obrigam Débora a descer do carro e passar para o banco de trás. Débora é amordaçada. Débora fica no meio, Tião fica ao seu lado, agarrando o seu braço, Tiago fica do outro, apontando a arma contra o seu peito, assim fazendo para que Débora não pulasse para fora do carro. Carlão assume a direção do veículo, que arranca. Tudo muito rápido. Débora é levada para o cativeiro em Ferraz de Vasconcelos.
A família de Débora estranha a demora em ela voltar para casa. Ficam preocupados. Procuram-na na casa do namorado, o Cláudio, dos amigos, dos colegas da faculdade, dos parentes e por fim nos hospitais da região. Tudo que ficaram sabendo é que Débora havia saído no horário de sempre da faculdade e que havia vindo para casa. Alguma coisa havia acontecido no trajeto de volta. O telefone da casa de Débora não pára de tocar.
No dia seguinte, dona Ernestina vem visitar a família de Augusta. Ainda não sabe do sumiço de Débora.
- Mãe, aconteceu uma coisa terrível: a Débora sumiu !
Dona Ernestina ao ouvir isso, de repente leva aos mãos ao peito e cai ao chão.
- Depressa, chame uma ambulância !
A ambulância chega em 15 minutos, Augusta acompanha desesperada, a mãe no veículo. Mas, dona Ernestina chega morta ao hospital. Seu coração não resistiu à notícia.
O carro de Débora, um Audi vermelho 0 km, dado de presente pelos pais quando entrou na faculdade, foi encontrado abandonado e todo depredado num terreno baldio de São Miguel Paulista. Roberto procurou em vão pelo cativeiro da filha nas redondezas.
O primeiro telefonema dos seqüestradores só chega depois de uma semana.
- Alô, de onde falam ?
- 3741-6292.
- É da casa da Débora ?
- Sim.
- Escute. Temos a sua filha com a gente. Para terem a sua filha de volta, queremos quatro milhões. Não avisem a polícia, senão nunca mais verão a Débora viva.
- A firma está passando por má fase. Não temos esse dinheiro. Nem vendendo a empresa.
- Vamos abaixar para um milhão. Vamos dar prazo para vocês estudarem a proposta.
Roberto vai estudar. Não dá. Espera novo telefonema, que chega daí a 8 dias.
- Mesmo assim não dá.
- Então, fica para 500 mil. Escute. Não vamos abaixar mais. É isso ou senão nunca mais verão a sua filha viva.
Dão novo prazo para a família arrumar o dinheiro.
Durante os dias em que Débora esteve seqüestrada, a família teve que suportar dois traumas ao mesmo tempo: A morte de dona Ernestina e a tensão do seqüestro.
Os amigos e os colegas de faculdade de Débora mandaram rezar duas missas, preocupados com a sua sorte.
O Totó, o cachorro da família logo percebeu a ausência de Débora, que lhe fazia festas ao chegar da faculdade. Uivava tristemente no silêncio das noites que pareciam intermináveis, assim como os dias.
A piscina da casa, sempre alegre e cheia de amigos de Débora e suas namoradas irreverentes, estava também vazia e triste.
O seqüestro virou completamente a casa e a vida da família, dos amigos, dos colegas da faculdade, dos parentes. Todos sofreram muito.
Enquanto os bandidos esperam, os vizinhos do barraco onde Débora estava prisioneira, estranham: o barraco estava sempre com as janelas e a porta fechadas, mas sempre tinha gente suspeita rondando em volta. Chegava marmitex todos os dias. Sinal que havia alguém prisioneiro dentro do barraco.
Cada vez que a porta do barraco se abria, Débora ficava aterrorizada, pensando que os bandidos tinham vindo assassiná-la, que havia chegado a sua hora.
Os vizinhos avisam a polícia, que chega rápido, com sirenes ligadas. Tião, Carlão e Tiago estavam na frente do barraco fumando maconha. A polícia chega atirando. Os bandidos rapidamente pegam nas armas e começam a atirar também. A polícia fecha o cerco. Tiago leva um tiro na barriga. A polícia prende Tião e Carlão. Arrombam a porta do barraco e libertam Débora que está apavorada. Tiago é levado ao hospital. A polícia leva os bandidos e a Débora para a Delegacia.
O delegado Péricles avisa a família que Débora foi encontrada e libertada e os bandidos presos.
Os pais de Débora vão buscá-la na Delegacia. Débora estava em estado lastimável: toda suja, com roupas sujas, manchadas de sangue da menstruação recente. Débora estava sempre apavorada, temendo por sua vida. Quando ficou menstruada no cativeiro, não teve coragem de pedir absorventes higiênicos à Elisângela, namorada de Tião, que cuidava dela. Pois, afinal, ela era uma bandida perigosa também. Tendo sido deixada 19 dias sem tomar banho, sua cabeça havia se enchido de piolhos.
Débora abraça os pais, chorando.
- Tudo acabou, minha filha.
- Sua avó morreu. O coração dela não resistiu ao saber de seu desaparecimento.
Débora começa a chorar copiosamente. De tristeza pela morte da avó querida e pelo alívio de ter escapado com vida dessa experiência terrível.
- Augusta, você não toma jeito mesmo ! Não está vendo que sua filha está traumatizada ? Precisava ter contado isso para ela agora ?
- Cedo ou mais tarde ela acabaria sabendo ...
- Não bastou ter aprendido com a morte de sua mãe ? Você “matou” a sua mãe de susto, abrindo a boca em hora errada !
- Cedo ou mais tarde, a minha mãe acabaria sabendo também.
- Maneira, mulher, maneira.
No hospital, Tiago jaz no leito, ardendo de febre da peritonite que contraiu devido ao tiro que levou na barriga. A família soube do desfecho do seqüestro e do envolvimento do filho pela televisão. Mas, não vai visitá-lo no hospital. Sua família já até o esqueceu, considerando-o como filho perdido para sempre.
Nem Adriana, que também soube pela televisão. Aliás, Adriana já não o considerava mais seu namorado. Está certo que foi ela quem o havia ajudado a dar os primeiros passos do desencaminhamento. Mas, o seu jovem companheiro rebelde havia ido longe demais. Agora era um perigoso bandido de quem não deveria mais se aproximar.


Envolvimento com drogas e com a criminalidade são coisas que só acontecem com garotos de favela ? Ledo engano. A maioria dos garotos das favelas encaminham-se bem na vida. Vida humilde, mas limpa. Garotos das melhores famílias, das famílias com posses, podem se envolver com drogas e com a criminalidade por causa das más companhias. Tiago tinha família bem estruturada, de bom nível social e econômico. Tinha tudo para ter um futuro brilhante. Mas, estragou tudo por causa das más companhias.
Analisando melhor a questão, como se constrói um pervertido, um mau encaminhado na vida ? Não apenas as más companhias. O gênio indócil, rebelde, perverso, embutido numa inteligência privilegiada, como é o caso desse garoto, forma uma mistura explosiva. As más companhias podem fazer apenas o “acabamento” daquilo que o indivíduo já traz nato.


Jaguariúna, 19 de agosto de 2008.
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