A DANÇA DA CHUVA
Um pingo, outro pingo
Respinga um respingo
De encontro a vidraça,
Um pingo outro pingo
Chuva aumentando
E nada distingo, neste dia de verão.
Respinga um respingo
Tinindo cantando
De encontro a vidraça.
O dia surgindo:
Manhã turva e embaçada.
A chuva fininha,
Miudinha, miudinha,
Parece farinha
Lá fora caindo,
Através da vidraça.
Um pingo, outro pingo
Na lata cantando
Goteira se formando
Pingando, pingando
Batendo, batendo
Tinindo, tinindo
Descendo, descendo
Rolando, escorregando
Dos olhos do céu...
E no olhar da vidraça
Que chuva! Que chuva!
Que não passa!
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