Metades
Como hei de falar em metades,
Almas gêmeas, feijão e arroz, um par
Se na fogueira das “Mil Realidades”
Esse encontro jamais se realizar.
O que tivemos, ilusões, quimeras
Ou esperança de ver acontecer
Como as flores nas novas primaveras
O amor perenal “Reflorescer”?
Ah, meu amigo, meu irmão, metade
Será que a vida quererá assim
Duas partes, total cumplicidade
Duas pessoas, um começo, um fim?
Embora o coração no peito doa
E a incerteza do futuro insurgir
Minh’alma não lamenta, apenas voa
Na querência de - um dia -“prosseguir”.
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