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Artigos-->Reféns do 4º setor -- 05/12/2002 - 12:35 (ligia mello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Chuva, 19º dia do segundo ano do terceiro milênio.



Local: cidade onde pânico ganhou da alegria.



Hoje pensando em como sair de casa com segurança comecei a ponderar quem domina quem neste país, e tristemente cheguei a conclusão que não controlamos mais o 4º setor, eles nos amedrontam, nos assustam e nos comandam...



Somos ou nos tornamos vítimas deste setor que rouba, sonega, sequestra e mantém hoje o maior comércio do país. Me lembro bem de ter lido em algum lugar que estávamos em uma guerra civil velada, lembrei ...coluna de Arnaldo Jabor em conversa com Nelson Rodrigues.



Estamos sim em uma guerra civil, mas contra este setor que cresce a passos largos e nos obriga a gastar o que temos e não temos em sistemas de alarme, blindagens e segurança especializada. Nossos passos são seguidos de perto, seja por especialistas, por policiais que pelo seu despreparo nos englobam nas massas quando na verdade somos humanos. E é este mesmo sistema de segurança que em determinado momento se vira contra nós, ao analisarmos os últimos sequestros podemos observar que muitos são conhecidos das vitimas ou já trabalharam para elas, criando um medo ainda maior: o da contratação que em tempos irá se virar contra o contratante.



Ao assistir o jornal pude perceber duas coisas assustadoras, primeiro porque para o possível candidato a presidência da República, Luís Inácio Lula da Silva, o sequestro do amigo Celso Daniel deve ser tratado pelo governador Geraldo Alckmin como o principal de sua vida? E os outros 7 sequestrados do estado, são médicos, publicitários, empresários que merecem sim a mesma consideração e respeito. São nomes tão respeitados e fiéis aos seus princípios como o prefeito de Santo André, pessoas que usam seu conhecimento e suas profissões para esta mesma sociedade que se assusta. Nenhum caso é isolado, temos uma rede de sequestra que não poupou e não poupa ninguém. Todos são cidadãos, pagaram seus impostos em um país repleto de fraudes e CPI’s, olham para TV torcendo para que algo se desdobre e mude, ao mesmo tempo que observa que por muito menos um país como a Argentina foi as ruas, exigir direitos sem se abster de seus deveres.



Segundo que a fragilidade de nossas fortalezas é assustadora, helicópteros resgatando presos, poderíamos pensar em efeito surpresa mas não foi isso que aconteceu, visto que Escadinha e outros também escaparam assim. E muito mais, cidades que antes eram motivo só de orgulho de seus moradores como Curitiba, ontem em paralelo a ação dos sequestradores, haviam 3 pessoas em poder de um fugitivo da penitenciária de Florianópolis, pois é amigos...nada lá nos é diferente que aqui. Precisamos sim ser uma milícia permanente, unir nossos esforços a federais e imprensa para que esta margem de ação de traficantes, de falsificadores, de sequestradores diminua e possamos sair as ruas sem olhar para trás de três em três minutos, com medo do assalto, do sequestro, da solidão e mais...de descobrir que vamos ser mais um caso no mercado que movimento esse setor marginal.



Não creio que ir as ruas assim, desordenadamente possa nos levar a algum lugar, mas precisamos sim mostrar que a sociedade sabe que mal a aflige e em ações bem coordenadas, com planejamento, parceria das mídias e do povo brasileiro que provou saber ser solidário e fiel, abrir portas, falar...escrever e com isso iniciar o desmantelo desse setor que vive a marginália e não acrescenta em nada, educação, saúde e trabalho a nossa população.



Vamos ser fortes, vamos denunciar ao vizinho, ao jornal, ao 0800 que não identifica, ao site que se dispõe a receber o alerta, ao 190 que vai nos ouvir. É preciso retomar a crença, a credibilidade no sistema para que não morramos de omissão.

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