TROVAS.42
Filemon F. Martins
Quem me dera ter, sereno,
teu amor, amor-perfeito,
que um dia naquele aceno
arrancaste do meu peito.
Nesta manhã perfumada,
o sol chega de mansinho,
abraçando a minha amada
e me deixando sozinho.
Neste mundo conturbado,
nada me causa mais dor,
que ver sofrer, desprezado,
um coração sem amor.
Não quero, amor, que tu partas,
mas respeito os teus desejos:
devolveste as minhas cartas,
mas, onde estão os meus beijos?
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