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Poesias-->SEMENTES DO ASFALTO -- 12/06/2009 - 03:16 (Vera Linden) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


SEMENTES DO ASFALTO



Por Vera Linden





Quem dera a cada dia



Mesmo no asfalto



De uma cidade movimentada



As pessoas plantassem sementes







Sementes de sorrisos



De amabilidade



De gentileza



De paz







Que não passassem



Somente pelas ruas



Como autômatos sem alma



Que olhassem e vissem







A criança triste abandonada



A senhora idosa



Que precisa de ajuda



Uma mãozinha para subir no ônibus











E a sujeira toda que largam



Impunemente pelas ruas



Que respeitassem



O trabalho dos garis







Que as pessoas caminhassem



Pelas ruas e avenidas



E pelo menos se olhassem



Com olhos de atenção







Não se atropelassem



Na porta de entrada



Do trem do ônibus do hospital



Se houvesse mais compreensão







Dentro de cada coração



A pressa não esmagasse a compaixão



O sentimento nobre de fraternidade



A possibilidade remota da amizade







Na violência gerada pela perda



Da auto estima de cada um



Presionado estressado humilhado



Houvesse o lenitivo de uma voz amiga







O apoio que libertasse



O jovem das drogas



O carinho para a mulher agredida



A semente de um olhar amigo







Se cada um de nós der um segundo



De atenção um sorriso



Uma palavra de conforto



É a semente lançada no asfalto







O respeito pela criança



Pelo idoso pelos direitos do deficiente



Uma semente de comprensão



Um coração aberto e renovado







A paciência com a ignorância



Na ruela esburacada da vida



A ternura respondendo ao barulho



Do bate-estacas da tragédia







Se importar mais



Com o pedestre no trânsito



Não fechar a sinaleira da paz



Esverdear a nossa rota







A cada esquina deixar discretamente



Sementes de boa vontade



Esquecer a buzina insistente



Ouvir o pássaro na praça







Sentir atender ouvir



É a pessoa é a vida valendo



Melhorar humanizar



Bebida e volante este é o perigo constante







No cruzamento mais sementes



Sobre o viaduto na elevada



Mesmo na porta de entrada



Do edifício comercial







Dar bom dia ao porteiro



Ao garçom ao caixa no balcão



Ao pipoqueiro não esqueçer do lixeiro



Este profissional que protege nossa saúde







Ao fim do dia notaremos



Quantas sementes distribuímos



Quanto alegria plantamos



Acreditem as sementes nascem no asfalto





sÃO lEOPOLDO, OUTUBRO DE 2008







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