Os efeitos da solidão são, na maioria das vezes, devastadores.
Principalmente quando se trata de pessoa relegada a segundo plano. Aí é que o sentimento se amotina de tal forma que a vítima passa a ter os piores sintomas.
Diagnóstico: depressão galopante.
Daí, então, começam a surgir outras síndromes. Como se os danos presentes já não fossem suficientemente danosos...
Há muito pouco a fazer. O doente revolta-se contra o mundo e o seu próprio Criador. Já não mais raciocina; age por instinto, pior do que o irracional, pois este, mesmo não dominando a linguagem verbal, consegue comunicar-se com determinados gestos e procedimentos que superam, por vezes, os próprios "humanóides".
Acometem, ao derrotado pela vida, todos os surtos possíveis. O principal deles é o de "mania de perseguição", não raro, com ataques imaginários de violência a "moinhos de vento" ou crises de choro convulsivo, seguidas de espasmos hipnóticos causados por excesso de bebida.
Neste estágio, o moribundo começa a ver imagens na parede, causadas pela própria sombra. E devido à sua mente fantasiosa, o feixe de neurônios que ainda lhe restam começa a distorcer, cada vez mais, tais imagens, levando-o a alucinações estranhamente grotescas.
Num desses momentos de desespero, o paciente poderia chegar ao desenlace total. Mas, para sua infelicidade, não... Os maníaco-depressivos parecem estar fadados a ter vida longa. Talvez para pagar pecados hediondos, quem sabe?
Mas isso já é a "outra face da doença"... Vou me informar um pouco mais. Depois, então, trarei mais novidades.
Notinha: estes textos continuarão, dependendo da motivação que se apresentar...
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