TROVAS.37
Filemon F. Martins
Velhos livros – meus amigos,
jamais me deixam na mão.
Visito locais antigos,
sem nunca sair do chão.
És humilde – alguém me disse,
em trovas vou espalhando:
amor, bondade e meiguice
aos netos que vão chegando.
Gosto da vida pacata,
homens simples dos Sertões,
pois vejo usando gravata
por aqui muitos ladrões.
A tarde morre e descansa
nos braços da noite escura,
e enquanto esta cena avança,
morro também de amargura.
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