*Na Noite Fria*
O vento soprava na distância
Os raios penetravam na janela
O corpo só, frio na querência
Recolhia-se sob a farta flanela
O sonho foi chegando devagar
Fugindo do cotidiano sombrio
Pousou sem saber onde estar
Apenas compartilhou desafio
O trovão gritava com temor
Como uma voz lá bem distante
Para não apagar o esplendor
Na tela pintada aos amantes
Que confabulou como sentença
Dádiva por Deus em recompensa
Sonia Nogueira *sogueira* |