... do desfio a pó até ao acto do lúcido
--- encordamento!
-- 1/7 ------- Espaço do arco-íris
-------------- Das letras em português
-------------- Por rio de branco e preto
-------------- Entre as margens do alento,
-------------- Quiçá em génes de Osíris
-------------- Entrei de Camões em tez
-------------- Sob os domínios de Pedro
-------------- Na selva do pensamento.
-- 2/7 ------- Como vate do tormento
-------------- Que nem em verbo desfaço
-------------- As teias da hipócrisia
-------------- Que grassam em cada minuto
-------------- Tomei no chão o assento
-------------- Donde trago e tenho laço
-------------- Com as Fadas da alegria
-------------- Por quem me bato e luto.
-- 3/7 ------- Sob as vaias do insulto
-------------- De bocas sábias em bílis
-------------- Logo d espanto temi
-------------- Em dúvida a minha grei
-------------- Que era tão só o temulto
-------------- Das entranhas do busílis
-------------- Que em todo o lado e Aqui
-------------- Fui sofrendo e enfrentei.
-- 4/7 ------- Como vim, como cheguei
-------------- De tão longe p ra tão perto
-------------- D ancestrais conquistadores
-------------- Que navego em memória,
-------------- Palavra de honra, não sei
-------------- Como se abre um deserto
-------------- Onde nascem as flores
-------------- Com o futuro da História.
-- 5/7 ------- Dada a mão à palmatória
-------------- Por um menino inocente
-------------- De culpa alguma acusado
-------------- À lei da treva e do medo,
-------------- Basta-me só a vitória
-------------- Sobre essa megera gente
-------------- Que tem por vela o ditado
-------------- Do vil e ínvio segredo.
-- 6/7 ------- Um dia, tarde ou cedo,
-------------- Face ao espelho da censura
-------------- Em diluído sorriso
-------------- Lá vereis um velho rosto
-------------- Entre as malhas do enredo
-------------- Dizer-Vos firme: é loucura
-------------- Feita d esconso juízo
-------------- Mentir assim ao desgosto.
-- 7/7 ------- O Sol desceu, está posto
-------------- A espreitar pela esquina
-------------- No mesmo sítio parado
-------------- À espera do amanhã...
-------------- Quente de Julho a Agosto
-------------- Meses a fio... Oh Usina...
-------------- Pelo sonho endeusado
-------------- Praza que cheguemos lá!
--- Com devoção a Milene Arder
--- Chama Viva que me faz ver!
------------------ Torre da Guia -----------------