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Textos_Religiosos-->O sangue do pelicano: Entrevista com o autor do livro -- 18/10/2007 - 16:27 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
«O sangue do pelicano», novela de intriga espiritual irrompe no Vaticano

Entrevista com seu autor, Miguel Araguren

MADRI, segunda-feira, 15 de outubro de 2007

ZENIT.org

«O sangue do pelicano» (Editora «Libros libres») se converteu nas últimas semanas em um dos «thrillers» espirituais de mais êxito em espanhol.

Seu autor, Miguel Aranguren (1970), confessa nesta entrevista concedida à Zenit que com sua sétima novela, ele quis «demonstrar que a intriga espiritual não pode ser patrimônio dos que atacam a Igreja».

Tudo começa nos jardins de Villa Borghese (Roma), quando um cadáver decapitado aparece na floresta. O Pe. Albertino Guiotta foi guiado até lá por um anônimo que apareceu no confessionário de sua paróquia. Tudo faz presumir que uma seita satânica está decidida a dar o último e definitivo golpe à Igreja já que, ao mesmo tempo, um convento de clausura do Albaicín (Granada) vive com perplexidade alguns ataques desagradáveis e recorrentes e em Cantón (China), os católicos perseguidos parecem dispostos a sofrer uma dura perseguição por causa de sua fé.

Como se não bastasse, Aranguren entrelaça outras duas tramas: a que paralisou a racionalista França ante os espetáculos espirituais de um santarrão gnóstico, obcecado por confrontar suas forças sobrenaturais com o próprio Papa; e a batalha que duas mulheres com fins opostos disputam nas Nações Unidas. No final, o leitor enfrenta a luta entre o bem e o mal.

–Somos conscientes de que podemos desvelar poucas coisas mais acerca da trama de «O sangue do pelicano». De qualquer forma, a novela começa com uma estranha sensação de obscuridade na alma do Pe. Albertino Guiotta (protagonista indiscutível da novela), como se se preparasse uma terrível tempestade espiritual sobre Roma, e finaliza com uma sonora gargalhada por parte do padre. Era sua intenção, ao escrever esta novela, mostrar os contrastes entre o bem e o mal?

–Miguel Aranguren: Bem e mal, virtude e vício, graça e pecado são conceitos antagônicos que aparecem constantemente na novela. Mais ainda, «O sangue do pelicano» está ambientado em um tempo próximo no qual a sociedade rejeitou, de alguma maneira, a possibilidade do pecado. Mas o pecado existe. Começou com a queda de nossos primeiros pais e finalizará com a Parusia, o regresso de Cristo, Rei da História, para julgar vivos e mortos. Enquanto isso, a batalha entre o bem e o mal não cessará. Mas Paulo VI já dizia que o demônio aproveita esta descrença universal sobre sua perversa figura, apesar de que poucas vezes possam encontrar-se tantas seitas e movimentos vinculados ao príncipe da mentira, ao mesmo tempo em que poucos momentos da história desfrutam de testemunhos de santidade tão vivos como os desses últimos 100 ou 150 anos.

–Pensávamos que a maré de «O Código da Vinci» já havia passado. Contudo, «O sangue do pelicano» parece advertir de que o gênero do mistério espiritual não acabou com a obra de Dawn Brown.

–Miguel Aranguren: Não só não acabou com «O Código da Vinci» nem com outras novelas que aproveitaram a tiragem comercial daquele livro; é mais que isso, aquela lituratura-lixo prostituiu um gênero que não pode manipular quem não tem fé, salvo que lhe seja alheio o risco de cair na desinformação (como ocorria a Brown) ou diretamente na calúnia. O mistério da salvação do homem é imenso e dá margem a muitas recriações, também literárias. A mídia, infelizmente, oferece também uma imagem interessadamente deturpada da Igreja e de suas obras. Por que não, então, lançar-se à elaboração de uma novela que conjugue todas estas ausências? Ou seja, era preciso mostrar, mediante as peripécias de uma série de personagens, o que é a Igreja, qual é o papel da graça, o que é o perdão e a misericórdia, qual é o valor dos sacramentos, especialmente da Eucaristia, quem foram as figuras egrégias do cristianismo do século XX, etc.

–Você se atreveria a assinalar aos leitores da Zenit quais são as manifestações atuais do mal?

–Miguel Aranguren: Na verdade, prefiro falar positivamente. Como dizia antes, e apesar de que em geral a mídia não o reflita, em todos os lugares do mundo existem testemunhos autênticos de santidade, de heroísmo na prática habitual das virtudes. Mas o mal está aí, bem representado, por exemplo, pela «cultura da morte», presente também em «O sangue do pelicano». O aborto, a manipulação de embriões, a eutanásia... acabam com o destino transcendente do homem, o coisificam, eliminam dele toda a sua dignidade, essa que nos torna superiores e donos de todas as criaturas, alheios ao passar do tempo, à própria morte, que não é nosso destino irremediável, mas um passo misterioso para uma vida totalmente plena.

–O que você pretende mostrar com o título da novela? «O sangue do pelicano» fala de uma ave ferida e em sua capa também aparece a inquietante suástica nazista, de tão horríveis lembranças.

–Miguel Aranguren: A imagem do pelicano que fere a si mesmo para alimentar a suas crias em tempos de carestia foi utilizada pelos primeiros cristãos para representar de forma figurada a Jesus Cristo e à Eucaristia. No próprio canto eucarístico «Adoro te devote», Santo Tomás se refere a Jesus como esse bondoso pelicano que nos entrega sua carne e seu sangue como prenda de salvação. Na novela, esta presença salvadora e misteriosa de Jesus sacramentado é palpável, sobretudo, na esperança do Santo Padre, que não vacila em sua fé, como os primeiros cristãos, que sofreram algumas das mais terríveis perseguições da história da Igreja. E sobre a suástica nazista, a capa não faz outra coisa senão anunciar o que o leitor vai encontrar dentro do livro: que o demônio utilizou a ambição de Adolf Hitler e outros canalhas da história para tentar acabar com o bem.

–Como um leitor não-crente aceitará sua novela?

–Miguel Aranguren: Suponho que desfrutará de sua leitura, já que acima deste diálogo teológico que estamos mantendo, trata-se de uma novela de intriga, de puro entretenimento, de uma batalha na qual os «bons» precisam de sagacidade ante as enormes dificuldades apresentadas por aqueles que querem que o mal triunfe. O leitor, dessa forma, pode também participar buscando a maneira de ajudar o Pe. Albertino e o comissário Luigi Monticone, o anti-herói dessa novela.

–Por último, em «O sangue do pelicano» se mistura realidade e ficção, por exemplo, na aparição da Madre Teresa de Calcutá e de João Paulo II na trama de uma história fictícia.

–Miguel Aranguren: Comentei em outros lugares que João Paulo II (que na novela já foi proclamado santo pela Igreja) e a Madre Teresa de Calcutá são algo mais que personagens históricos. Eu mesmo me sinto devedor de sua vida, gestos e palavras. Em «O sangue do pelicano», eles interpretam um papel fundamental no padre Albertino Guiotta, já que antes de sua conversão teve certo trato com umas seitas satânicas e para sua posterior ordenação sacerdotal precisou da intervenção direta do Papa polonês que, além disso, alimenta a Igreja perseguida da China. A Madre Teresa foi interlocutora direta de Albertino, mas não posso contar mais...


Mais informação em www.miguelaranguren.com e em www.libroslibres.com



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