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cronicas-->Beijo na testa -- 14/07/2005 - 22:09 (Lara Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Prometi a uma pessoa que diria sobre certos aspectos das pessoas. Como reagem ao que dizemos. Como agem diante das surpresas.
Existe um estereótipo para cada ação. Já temos, em nossa visão, a forma como cada um recebe um afago. Existe uma teoria de que o toque é bastante importante mesmo antes do nosso nascimento, quando ainda um feto, e podemos "sentir" as carícias de nossa mãe. Até o tom da voz pode incutir em cada "serzinho", o carinho que lhe é despendido. Com o passar do tempo, aprende a reconhecer as pessoas que moram ali, e, a principio, tudo tão confuso, vai, aos poucos clareando e se familiariza até que, ao nascer, já distingue todas as pessoas.
É o poder da voz, do carinho, do afeto...
E, por isso, talvez, as pessoas costumam ter reações diferenciadas com a possibilidade ou a percepção de um carinho, que, momentàneamente possa parecer-lhe arrojado.
Partindo dai, discorro sobre a melhor forma de agradar alguém, seja um amigo, um ente querido, um filho, alguém que atravesse seu caminho.
Deveríamos ter um manual, que contivesse as normas e as formas de agradar sem nos sentirmos invasores. Hoje em dia, as pessoas vivem mais arrojadamente do que em um tempo já distante. Nesse "antes", existia um certo recato em se chegar perto de alguém. E, quando isso ocorria, era uma magia indescritível. Um beijo era um ato de amor. Se na boca, então, inesquecível!
Mas, em sinal de respeito, beijava-se a fronte. E isso ainda se atesta, através de fotos, de pais que beijavam suas filhas à beira do altar, quando as entregavam a noivos apaixonados. Ou mesmo os maridos, que demonstravam a todos que, ali, estava a mulher da sua vida, e o beijo na fronte, após a cerimónia, era o ato final e esperado.
Os tempos mudaram.
Hoje existem os ficantes, os namoricos, os amantes... E o beijo perdeu sua real função, que era demonstrar o que se estava sentindo.
Hoje, muito mais arrojados, exploratórios, sensuais, não deixam espaço para nenhuma palavra. A língua fala rapidamente e, na maioria das vezes, é contundente.
Temos que seguir a evolução dos tempos.
Mas, dá uma enorme saudade do beijo na testa.
Hoje a testa tem outras funções...As pessoas têm medo de que lhe coloquem adereços.
Passaram a apelidar àqueles que perdem os cabelos, deixando em evidência uma fronte proeminente.
Como gostaria de não mais causar espanto, ao mandar o famoso "beijo na testa".
De ser encarada como uma pessoa que gosta de beijos, mesmo que, em tempo irreal, sejam estes, na fronte.
Hoje, já se envia beijo no coração, na alma...
E existe a corrente que abomina essa verbalização.
Teste. E ateste. E fique com meu beijo, que pode ser na testa.
Pois, na minha visão, não há um lugar mais adequado para sentir-se a boca de alguém querido.
Mas não se espantem. Adoraria um beijo na boca, mas, entre um e o outro, o espaço é ínfimo e, o caminho entre eles, é a perdição do desejo.

(Lara Cardoso)




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