Carrego na alma uma cicatriz
Uma melancolia, que me torna quase infeliz.
Uma coisa para todo o dia
A falta de comida para o bóia-fria.
O camponês expulso de nossos campos
Nas cidades, as moradias, que tempos !
As favelas, e o outro lado, a cidade bela
Me fazem chorar, quem me dera.
O avanço da tecnologia, a máquina de lavar
Tirou o emprego de minha doce amada
Que de tão triste está a expiar
A cicatriz na mão, o calo
Já não mais existe, eu falo
Moço: estou sem trabalhar !
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