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Artigos-->O Ensino da Arte -- 02/12/2002 - 11:41 (Alan Carlos Dias) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Durante muitos anos, o Ensino da Arte em nossas escolas ficou limitado a desenhar e pintar. Por isso, os seus reais objetivos , o da criticidade, criatividade, dramaticidade, musicalidade e as relações humanas, foram simplesmente considerados coisas perfunctóricas, nulas, vãs.

Os governantes sabendo a força que arte exerce na sociedade, assim como a filosofia, fragmentou o seu ensino para que as pessoas não percebessem a dura realidade a que estão submetidos. E ela se tornou uma disciplina optativa, não reprovável. Não que queiramos reprovar. Mas o sentido, é que não era dado a mesma importância a arte que era destinado as demais áreas do conhecimento , tidas como importante, assim como a história, a geografia, a matemática , a língua portuguesa e etc. A verdade é que todo povo tem sua arte e esta arte conta a história deste. Mas agora ela é “obrigatória” (segundo a nova Lei da Educação n.º 9394/96. Todavia, há uma distância infinda entre o que está escrito e o que se pratica em relação a arte, haja vista que sua exclusão chega até mesmo a escolha do livro didático , onde ela , mais uma vez, foi simplesmente esquecida . O que é uma enorme ignorância e falta de sensibilidade dos que dizem que “pensam” a educação de nosso país.

Como se isso não bastasse , o governo na tentativa de sufocar os que insistiam no ensino da arte , cortou verbas, relegou os arte – educadores ao esquecimento, ao anonimato. Mas a arte não morreu. Se manteve mais viva do que nunca em todas as suas linguagens.

Nas escolas públicas e particulares e nas próprias universidades, se pratica em pleno século XXI, o racismo e a marginalização da arte, na tentativa , talvez de apagá – la , como se ela não tivesse importância e como se ela, apenas, se apropriasse do conhecimento das demais áreas do conhecimento para poder existir, quando na verdade é o inverso: como já disse anteriormente, todas as civilizações que existiram e as que existem praticam e possuem a sua própria arte. O historiador se apropria dos fragmentos deixados pela arte rupestre, bizânica, egípcia, grega etc., e de posse de tais conhecimentos, remonta a história destas civilizações. Assim também acontece com todas as ciências que têm suas teses da criação humana e do surgimento da escrita e do próprio universo , baseados nos elementos da arte. Sejam eles, os da linguagem visual como as formas, as cores, as linhas, as luzes, as texturas, encontradas nas cavernas, nas pirâmides do Egito, nos templos dos Maias, dos Astecas, dos Incas, nos campos arqueológicos, onde quer exista vida, a arte está presente .

Nas escolas interioranas a arte , mesmo com todas as dificuldades das grandes cidades, conseguiu ser revitalizada. Isso porque a natureza possui a maior de todas as diversidades artísticas de que se tem conhecimento. E essa revitalização encheu de ânimo os arte – educadores, que encontraram na natureza o sentido da arte. A vida.

É surpreendente observar uma colmeia e seus habitantes em movimento. É uma cena única. Formas e mais formas se repetindo até surgir uma composição perfeita. A Simetria natural. Assim também é o homem do interior, o caboclo que por causa de sua simplicidade harmônica, se confunde com a paisagem artística. Suas residências, aproveitam a matéria prima local, para compor sua arte rupestre. Mesmo na devastação, se observa o poder transformador dos artistas do mundo. Ainda que esta arte causa dor, ela existe e pode ser observada, analisada e criticada a qualquer momento, pois só assim ela estará completa.

No interior, a arte está em todos os cantos: na brisa que beija as árvores, no galope dos cavalos, na relva que cobre as campinas verdejantes, no canto suave do sabiá e do bem – te – vi, nas frágeis e doces borboletas na dança das marés e principalmente nas lágrimas da lua que no interior é o choro de uma amante apaixonada, que encanta e desperta os maiores sentimentos esquecidos na selva de pedra.

É preciso saber olhar, viver, sentir a arte, antes de ensiná – la. Temos que sentir as suas cores, as suas formas, a sua musicalidade, a dramaticidade exposta no cotidiano e sua história, (que é a própria história de nossas sociedades),para que busquemos a valorização da arte em todos os cantos, a começar por nós mesmos , pois o homem não é apenas razão, mas também sentimentos.







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