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Cronicas-->TERROR NO GALINHEIRO -- 06/07/2005 - 17:40 (JOÃO BOSCO LOMONACO MENDES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estava tudo correndo com normalidade.

A porteira foi aberta, generosamente. Todos caminhavam, modorrentamente, para seu lugar. Olha daqui. Olha dacolá. Um resmungo. Outro. Um reclamo mais alto. Resposta à altura.

- Afasta daqui!

- Aqui é meu lugar!

- Arreda, Excelência!

- Que ousadia!

- Vossa Excelência é debochado!

- rrrrrrrrrrrmmmmmm!

- Este poleiro é meu! Daqui posso melhor acertar no debaixo!

É o provérbio... Que as garotas baianas souberam muito bem cantar em sua baianidade brejeira. Ao sopro do sax. Do encordoado eletrónico. E de vibrante percussão. Pena que parece ter-se desfeito tão malicioso conjunto. Era bem gostoso de ouvir. E de apreciar a sensualidade coreográfica.

Mas iam todos se empoleirando. Buscando lugar privilegiado. Cada um mais acima dos outros. Os menos dotados que se lixem. Sem direito a reclamar. Pena de xingamento. De trocas de bicadas. Esporadas. E gritaria.

A multidão parecia, agora, alojada. Com alguns faltantes. Aqueles de sempre. Que fugiam dos interesses comuns. Para buscar melhor milho. Ração especial.
Água fresquinha. Em quintal alheio. De mãos mais generosas.

Estes sempre chegavam ao final do dia. Mais escuro. Menos percebidos. Mas satisfeitos com a esperteza aplicada. Rindo dos demais. Porque mais refestelados. Mais gordos. Sem forças para galgar lugares mais elevados. Mas satisfeitos consigo mesmos.

E os pombos no pombal ao lado. Arrumadinhos, lado a lado. Acariciando-se mutuamente. E arrulhando com malícia...corruptos....corruptos...

Parecia que a paz havia descido sobre o imenso galinheiro. Muita paz para pouca honestidade.

E, de repente, o inesperado...

Chegou o raposão, pé ante pé... Surpreendentemente. Faminto. Louco pela desordem. Querendo estabelecer o terror. Com razão.

Havia muitos galos bem nutridos. Com ração desapropriada do armazém da comunidade. Mereciam sua lição.

E disparou o terror. Metralhadora para todos os lados. Atingindo dos mais bem empoleirados aos aninhados no chão. Até os que se escondiam no jirau da casa do fazendeiro... Que também se assustou com a desordem estabelecida. Porque seu armazém guardava ração suspeita. Também.

Revolução na fazenda... Pavor total. Da porteira ao fundo do quintal.

Era, apenas, o Roberto Jefferson na Càmara Federal...


BeMendes
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