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Teses_Monologos-->Análise da peça "O Auto da barca do inferno", de Gil Vicente -- 02/07/2003 - 09:30 (Paulo Machado da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SOCIEDADE UNIFICADA DE ENSINO SUPERIOR AUGUSTO MOTTA - SUAM



Trabalho de Literatura Portuguesa I - 2º GQ


POR :ADRIANA MOREIRA MOREIRA
FLÁVIA GARCIA
PAULO MACHADO
(alunos de graduação em Letras)







Professora REGINA MICHELLI







CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA - UNAM

RIO DE JANEIRO – 2º SEMESTRE DE 2002




A TEMÁTICA ABORDADA

A obra de Gil Vicente, denominada “Auto da Barca do Inferno” , aborda a temática da Salvação ou condenação. Existe um debate entre as personagens que se consideram salvas porque lhes foram incutidos vários sofismas pela Igreja Católica. A sentença final é proferida de acordo com a vida na terra, os seguimentos de Deus sendo respeitados no cotidiano e no coração. Mostra importância da religião como religação a Deus e a realização dessa prática.



Personagens condenadas , motivo da condenação e objeto que representa


O Fidalgo: foi condenado pelas ações pecaminosas cometidas na terra. O Fidalgo explorava os pobres. O povo sofria com sua tirania e mesmo sendo nobre, não foi absolvido. O objeto que representava sua condenação foi uma cadeira de espaldas e a cauda de seu manto.

O Onzeneiro: agiota, foi condenado pois era ambicioso, tinha uma cobiça que inundava a sua alma. O objeto que ele carregava era um bolsão sem dinheiro, pois morrerá na hora de recolher.

Sapateiro: foi condenado pois roubou durante trinta anos e transformava o dinheiro ilícito em lícito. Os objetos que ele carregava eram o seu avental e suas ferramentas de trabalho.

Frade: foi condenado porque praticava esgrima. Roubou um grande facão e tinha uma amante. O objeto que ele carregava eram armas de esgrima.

Alcoviteira : foi condenada por tirar os hímens das meninas e as criava para os cônegos. Os objetos que ela carregava eram os seus instrumentos cirúrgicos e cinco cofres de alheos, alguns furtos, jóias de vestir e guarda roupa d’encobrir.

Judeu: ele furtou o bode que carregava consigo, “comeu carne da panela...” . “Mijou nos finados”. O objeto que ele carregava era o próprio bode às costas.

Corregedor : foi condenado por aceitar propina e enriquecer às custas de lavradores, ignorantes pecadores sem os ouvir. O objeto da sua condenação eram os processos que ele carregava para manipular a justiça.

Procurador: pelo mesmo motivo do Corregedor, recebeu propina também e o objeto que ele carregava eram seus livros. Em uma passagem do diálogo entre o Corregedor, Procurador e o Anjo, este roga uma praga em cima dos processos e dos livros do Procurador por terem roubado os pobres inocentes .

O Enforcado: foi condenado por furtos e ao contrário do que parece, não cometeu suicídio. Se não a personagem seria “o suicida” .

As personagens absolvidas

Os quatro cavaleiros foram absolvidos porque todos morreram por Jesus Cristo e o Anjo diz: aquele que morre pelejando por Cristo merece a paz eterna.

O parvo foi absolvido porque não cometeu malícia alguma. Ele foi um homem simples em toda sua vida, portanto merecedor de gozar dos prazeres da barca do Anjo e não carregava objeto algum. Mais um motivo da sua absolvição.


Linguagem particular das personagens


Cada personagem trazia uma linguagem diferente:

O Fidalgo: era um homem de nobreza e boa linguagem.
O Onzeneiro: tinha uma linguagem popular.
Sapateiro: linguagem popular.
Frade: linguagem rebuscada e forma sacerdotal.
Brísida: linguagem popular, sedutora.
Corregedor: Em muitas passagens usa o Latim para impressionar o Diabo, sem muito sucesso, pois o inimigo tem o mesmo conhecimento.
Procurador: linguagem em Latim usada em Direito.
Parvo: faz o uso de uma linguagem sem sentido e chula, ou seja, de mau gosto.
Quatro cavaleiros: linguagem simples e em alguns trechos cantada.


Conclusão

O texto está perfeitamente dentro do contexto da nossa realidade, explorando as fases do ser humano, isto é, a falsidade, a malícia, o falso moralismo, a desonestidade, e a falta de fé. Enfim por tudo com que somos obrigados a conviver em nossos dias.








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