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Poesias-->Ardil -- 06/05/2009 - 08:10 (Sirlei ) |
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Ardil
Tirei das janelas os ferrolhos
E delas afastei as cortinas;
Entre o dentro e o fora, não quis antolhos
Recolhi de sobre os móveis, os lençóis de linho
E com um leve tecido
Limpei as digitais das taças de vinho
Lavei a toalha de mesa e os guardanapos
- em água fresca e corrente -
Aquela que embrulhava os castiçais e os porta-retratos
Tirei o pó das almofadas e dos espelhos
E com água de jasmim
Perfumei as capas dos travesseiros
Distribui pelos cantos flores frescas e naturais
Não agrupadas por tipos ou cores
Mas como se distribui as roupas nos varais
Banhei-me por tempo e de olhos fechados
A pensar-me banhando no rio
Como fazem, em dia de festa, as caboclas do cerrado
Cozinhei um prato simples,o trivial:
Arroz com azeite, bife fino e salada verde;
Há sempre mais requinte no frugal
Com uma taça na mão e vestida sobriamente
Esperei em vão que chegasse
Pois, que não vinhas mais,ignorei completamente
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