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Poesias-->REENCONTRO -- 05/05/2009 - 09:22 (GIVALDO ZEFERINO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Reencontro



Contudo, eu tomei todas em um só dia, falei tudo aquilo que não devia, sorri todo o sorriso do mundo e chorei o pranto inteiro da vida.

Saí claudicando no meio da rua, com passos molóides, olhar duplicante; lavei o meu rosto, irritado comigo; dois eus no espelho zombavam de mim.

Aí, eu gritei com pavor, assustado: Não, não sou eu! Isso aí não sou eu! E os monstros do espelho ecoavam: Não, não sou eu! Isso aí não sou eu!

Meu Deus, cadê eu, onde estou? E os monstros sorrindo, então, me apontavam: Meu Deus, cadê eu, onde estou? Faziam careta meus olhos fitando.

Contudo depois da ressaca, no dia seguinte, limpei a sujeira, vesti roupa nova e saí; e assim, me abracei, me beijei, me afaguei; e assim, de mãos dadas comigo eu andei.

Contudo, as pessoas me olhavam de um modo esquisito, e eu prazenteiro, chutava uma pedra no asfalto. No ar, espalhei o meu beijo pra todo o universo e nem escutei as gaitadas do mar que zombava de mim.

Eu estava exultante na aurora. A tarde chegou e pegou-me sorrindo. De noite, na cama, um corpo enlaçou-me e fizemos amor todo o resto da noite.

Saudei o inimigo na entrada da vila, e o mesmo inimigo virou-se com espanto; contudo, eu sorri-lhe com jeito matreiro e ele, sem jeito, saudou-me também.

Por fim, defrontei-me comigo dizendo: tu és o maior, o melhor, és o máximo! E os montes diziam, felizes: te amo! — Na voz compassada dos ventos, sorrindo.

Depois, no espelho - mirei-me no espelho - alguém, do outro lado, sorria pra mim. Monstros não via, eu não tive medo, porque não existem... A gente os cria.

 


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