Olhando naquela direção, coçando a cabeça
e agora, que fazer; se longe está meu coração.
Fico murmurando – quero-te tanto, apareça,
embora saiba difícil, ao menos quero a sensação.
Impede, um fio de quase nada, mas tudo
e como romper, até sei, tanto sei, nem tento.
Esperar o destino, pode ser, ficar mudo,
querer gritar, ousar buscar, talvez pedir ao vento.
Continuo olhando, não ao horizonte, algo corta
e deixa escuro, só sombra, não em mim paira.
Sobrepujo, claro, sua imagem não desvanece.
Não saio daquele ponto, nada me conforta
e não recuo, a vida não me desvaira.
Minha querida, minha mulher, és minha prece!
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