*Façanha da Vida*
Olhamos o oceano sem um limite
Atravessamos a ponte descalça
Na sacola apenas uma grafite
Para registrar a grafia da alma
Escrevemos emoções vãs sem cálculos
Na lousa apenas traços indefinidos
Com pontos de tamanhos animálculos
Que o tempo apaga em tempo definido
Ao longo de várias passadas afins
Olhei a embarcação em frágil pirágua
Que posso eu fazer para ou por mim,
Para subir na correnteza da água!
Atravessar comigo de mãos dadas
A ponte, o rio, a imensidão do mar
Passear nas tardes olhar a jornada
Rir da tal façanha da vida, do amar
Com outra mão que segure a minha
Como duas forças que se necessitam
Que voam nidificam como andorinha
No mesmo invólucro onde habitam
Sonia Nogueira *sogueira*
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