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Infanto_Juvenil-->Letras da felicidade -- 26/03/2004 - 09:32 (sandra ethel kropp) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Em uma cidade pequenina, morava uma família muito grande.
Todos as pessoas tinham nomes que começavam com a letra R.
O avo Romeu conheceu a avó Ruth. Os dois se casaram, e eram muito felizes. Eles resolveram homenagear seus filhos com a letra que eles diziam ser a letra da felicidade: a letra R.
Os filhos foram nascendo. Sete ao todo. Rodrigo, Rosa, Roberto, Ronaldo, Renata, Rafaela e Raquel.
A família continuava feliz. Os filhos cresceram, e varias vezes a mãe chamava “Ro....”e todos vinham juntos. Tinha o Roberto que era bagunceiro na escola. Quando a mãe falava em tom bravo, todos já sabiam que era com ele. O Ronaldo era preguiçoso para acordar. A mãe o chamava antes de todos para ir à escola. O primeiro Ro já sabiam que era dele. Era uma confusão de nomes. Mas os pais nunca confundiram um com outro, e cada um tinha um jeito diferente.
Eles foram crescendo, se casaram, e cada um casou-se com um parceiro com uma letra diferente de R. Pelo menos isso. Mas os filhos e filhas, sabendo da felicidade dos pais e de suas famílias resolveu homenagear os filhos com a letra dos maridos ou mulheres. Cada família tinha filhos que começavam com a mesma letra. Em pouco tempo nasceram os netos, vinte e seis ao todo. Os nomes eram os mais diversos.
Mas a historia se repetiu, e ficava difícil chamar um dos filhos e dos outros não olharem, porque tinham nomes que começavam com a mesma silaba.
O Roberto casou-se com a Sandra, e suas filhas chamavam-se Sâmara, Samantha , Salete, Sabrina e Sofia. Cinco mulheres, quatro com a silaba SA no inicio. Muitos brincavam que era família de sertanejos. Os outros filhos casaram-se com a Debora, Helena, Jose, Bernardo, Cláudio e Flavio.
Rodrigo e sua esposa tiveram quatro filhos; Rosa e o marido, dois, Ronaldo e a esposa, seis, Renata e Rafaela, quatro cada uma, e Raquel apenas um.
Quando a família se reunia para alguma comemoração, era preciso alugar mesas e cadeiras para colocar no quintal, de tanta gente junta.
Os netos foram crescendo, apareceram amigos e namorados, e assim a família parecia não ter fim. Os netos já discutiam entre si se iriam seguir esta crendice, de colocar os nomes dos filhos com uma letra só. Alguns achavam legal, outros, uma loucura total.
Como a cidade era pequena, estudavam todos numa única escola. Vários estavam na mesma classe. A lista de nomes parecia uma relação de nomes de família. Tinha três ou quatro alunos com o mesmo sobrenome na mesma classe.
As crianças levaram para a sala de aula esta crendice que se iniciou com seus avos, e compartilharam isso com outros colegas. Alguns acharam curioso, outros, esquisito, outros ainda, queriam mais detalhes para entender melhor, enfim, cada colega reagiu de um jeito.
Em pouco tempo, a cidade toda já sabia de um fato que era inicialmente mantido até como um segredo de felicidade da família. Muitos foram conversar com os ancestrais, os avos, para entender um pouco mais qual o sentido de tudo aquilo.
Eles não tinham um motivo claro, apenas repetiam que sempre foram felizes desta forma.
Algumas pessoas queriam saber o que era essa tal de felicidade, e qual o caminho para encontra-la. Apareceram na cidade e redondezas famílias que passaram a dar o nome de seus filhos com a mesma letra inicial, acreditando ser aquele o segredo do sucesso.
Mas muitos não compreendiam o que uma simples decisão dessa poderia colaborar para a conquista da felicidade.
A família não deu muito ouvido aos comentários que surgiram na cidade, e alguns dos netos em pouco tempo decidiram continuar com a crendice e dariam a seus filhos nomes com a mesma letra inicial.
A questão é que aquela família permanecia sempre unida, em encontros semanais, quinzenais, mensais. Sempre havia um motivo para reunir-se, e muitas vezes essa historia voltava a tona e se dava muita risada disso tudo.
Alguns dos netos tinham nomes parecidos, como os filhos da Debora, que eram Daniel e Danilo. Motivo para que muitos se confundissem ao lhes chamar. A escola era o local onde verdadeiramente isso acontecia algumas vezes, mas com o tempo, todos se acostumaram.
Enfim, aquela historia dava motivo para muitas risadas, e talvez estivesse ai o intuito dos avos Romeu e Ruth: algo engraçado que fizesse a família se expandir, mas nunca esquecer de suas raízes.
Alias, raiz também começa com R, curiosamente. A raiz desta família da qual contei a historia é a do Romeu e da Ruth, mas pode ser a sua também. Há algum fato curioso que pode ser resgatado para reunir seus familiares em torno de um elo comum. E esse elo pode ser a raiz de sua felicidade- e de sua família, também.



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