PUDOR
Em minha cozinha, pela janela
Uma rosa vestida de branco,tão bela.
Perfumada e adorável companhia,
Sem ela, tão feliz não estaria.
Esta flor menina, entreaberta.
Em mim revive e desperta
Uma mocidade não vivida
De tanto sofrimento impingida
Sinto-me a donzela de branco,
A espera do amor puro e franco,
Contendo o arroubo do desejo.
Com lábios medrosos, entreabertos,
Timidamente, temem serem descobertos,
Fogem, escondem-se em recatado pejo.
Por Vera Linden - São Leopoldo, março de 2009
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Teria sido a minha timidez, uma irrecuperável covardia?
Serão tolas as moças sensatas? E terão perdido o melhor da vida?
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