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Cronicas-->Minhja Aldeia IV- 9 O Homem da Vassoura -- 16/06/2005 - 14:06 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando da campanha para a Presidência do Brasil, em 1960, o Geraldo Lomar era cabo eleitoral do candidato da vassourinha. O símbolo da campanha do candidato Jànio Quadros era uma vassoura que representava a limpeza ou varredura que,se eleito, faria na sujeira e corrupção que já naquela época assolava o país.
Uma certa ocasião,por conta da passagem que o futuro Presidente da República faria à nossa Aldeia, uma festa com tudo a que tinha direito foi oferecida ao ilustre e
visitante em campanha. Desde muito cedo,a movimentação na casa da Rua Tuiuti, bem em frente da futura Quadra do "Seo" Carlinhos era grande. Era gente e faixas; quitutes, doces e vassouras; fogos,Luzes e bebidas. Uma grande e barulhenta recepção que,certamente,ajudou muito na vitória do nosso candidato. Eu digo nosso porque também estive muito empenhado nesse rififi político. Jamais me esqueci do forte perfume de bebida que exalava do homem,quando por perto dele estava a empunhar minha vasourinha. Assim como o Anhinha,o Paulinho,o Lula,e meus irmãos. Todos os meninos da redondeza foram arregimentados para,naquele dia, pertencer de vassoura em punho,à mocidade da Aldeia,em defesa dos grandes interesses nacionais que o homem defendia em seus veementes
discursos à nação.
Meses depois de eleito, o Presidente renuncia ao cargo para o qual muita gente trabalhou para que ele fosse eleito. Foi muita decepção mesmo porque, apesar de ele se preocupar com biquínis e brigas de galos, vinha fazendo um excelente governo. Foram tempos de muitas lamentações naquela década que se iniciava. Forças políticas eram contrária ao homem que tomaria posse no cargo depois do ocorrido. Foi muito bafafá. Muito quiproquó que a política nacional costuma se esbaldar. Mas,apesar de toda a bruxa solta,o homem
substituto de Jànio volta de uma viagem que havia feito ao outro lado do mundo ( China ) e os meninos, como sempre, estavam vigilante e muito apreensivos, na Aldeia.
Naquela noite nós ficamos,desde cedo,na calçada da casa da dona Madalena,conversando e esperando a passagem do avião que traria o mais que esperado Presidente. O Vinícius, que era o irmão mais velho do Paulinho e o mais letrado ali presente, tecia comentários sobre a renúncia de JQ e a posse do novo chefe da nação, e como poderia isso interferir no cotidiano da Aldeia,quando o ronco do constellation veio
ferir o silêncio daquela noite. Já não havia vassouras, mas um bocado de coraçõezinhos apertados. Depois... Bem, depois eu conto.
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