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Contos-->SANTO ANTÔNIO CASAMENTEIRO -- 19/06/2008 - 17:26 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Guardo saudosas lembranças das noites enluaradas e dos festejos marianos, dos buquês de lírio branco e dos jasmins colhidos no quintal do tio Pedro. Em 31 de maio, terminado os festejos em homenagem à Vigem Maria, começa o trezenário de Santo Antônio, que se prolonga até 13 de junho.

Com muita fé e devoção rezava-se em cada dia o “Lembrai-vos ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer, que aqueles que vos invocam, deixastes de socorrer”. Seguido do cântico: “Dai-nos licença, Senhora, para oferta vos fazer, que as flores do mês de maio, nós desejamos colher”.

As festas religiosas eram para nós motivo de lazer e diversão, de confraternização e encontro com os amigos e com namorados.
Apresentava-se o tema da noite falando de Maria e de milagres.
Nos anos seguintes tudo se repetia. Enquanto orávamos, esquecia-se o cansaço da labuta cotidiana, trabalho excessivo e às vezes quase desumano.
O leilão acontecia no dia 12 de junho, contava com a presença do povo amigo das cidades adjacentes durante todo festejo, que se encerrava com a celebração da Santa Eucaristia e terminava por volta de meio dia.

Logo depois da missa, o Padre José Ignácio de Jesus Madeira, dava início à procissão com a imagem do padroeiro peregrinando pelas principais ruas da cidade, acompanhada por uma multidão de fiéis. A procissão começava debaixo de um sol escaldante, uma penitência muita pesada. Esse fato inspirou o repentista e violeiro Antônio Pereira da Costa a manifestar em versos seu espanto.


Oh! Santo Antônio, Oh! Santo Antônio,
Oh! Santo Antônio, terra da oração
Oh! Santo Antônio, Oh,Santo Antônio!
É você a terra da religião.

Lá vem o padre visitar esta Igreja
Dizendo louvado seja
Ao santo soberano
E para o povo isso é uma riqueza
Toda a festa com certeza
É a melhor coisa do ano.


Peço licença a esta comunidade
Pra dizer uma verdade
Que assusta muito a gente
A procissão é ao pino do meio dia.
Credo em cruz, ave Maria!
Tudo aqui é diferente”.

São muitas as formas de devoção no Brasil ao glorioso Santo Antônio: em quase toda família há pelo menos um Antônio, senão mais. Lá em casa, meu pai Antônio, casou-se com Antônia. Os filhos homens, à exceção de Assis, têm Antônio em seu sobrenome, e as mulheres, pelo menos três delas registram Antônia no segundo nome. Na verdade eram sete, entretanto algumas delas ao se casarem, com o acréscimo do nome do esposo, passaram a assinar diferente.

Segundo Frei Ildefonso, citado em Gamboso (1995)

A devoção popular às vezes apela para a violência, tentando forçar Santo Antônio, com gestos de cunho supersticioso, como pendurar a imagem do Santo de cabeça para baixo, expô-la à chuva, metê-la num poço, e, quando viável, arrancar dos seus braços o menino Jesus.
Mestre em Teologia e Doutor da Igreja, o que mais tornou popular o Santo Antônio de Lisboa, depois dos milagres foi ter lutado devotadamente, em sua vida, para derrocar a lei do “dote”, pois as moças pobres que não tinham nenhum bem material a oferecer ficavam solteiras.
Conta-se que uma donzela cristã não conseguia casar-se. Recorreu confiante a Santo Antônio. E, das mãos da imagem caiu um papel com um recado a um agiota, pedindo-lhe entregar à moça, em moedas de prata, o correspondente ao peso daquele papel. O prestamista obedeceu sem relutância, e os pratos da balança só se equilibraram quando as moedas atingiram o valor de um dote!...Essa história, real ou lendária, deu ao Santo a fama de “casamenteiro”.


LIMA,Adalberto; SOUSA, Neomísia.Saga dos Marianos
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