Todas as vezes que vou à cidade de São Paulo me espanto e me irrito muito com o terrível tromba-tromba dos paulistanos.
Acabo de chegar de lá e nada foi diferente desta vez.
Fui insistente e mal educadamente trombado em todos os locais e circunstàncias.
Ainda assim voltei agradecido a Deus pois que, a cada trombada, apenas dei algumas cambaleadas, verdade que vigorosas às vezes, mas sem me esborrachar no solo e ali ficar estatelado com a bacia quebrada ou coisa ainda mais grave.
O que mais me enfurece é que trombam em você como se você fosse um monte de esterco ou um toco de árvore a lhes obstar o caminho.
Pela frente ou pelas costas, dão-lhe uma bela ombrada e continuam rapidamente em frente, como se nada tivesse ocorrido.
Pedido de desculpas então, nem pensar!
Nem mesmo um mísero olhar se dignam de lhe conceder.
Trombado daqui, trombado dali a todo momento, me lembrei da história do terráqueo que chegou a um planeta estranho:
Tão logo desembarcou foi rodeado por dezenas de homenzinhos verdes, de aspecto espantoso porque só existiam da cintura para cima, e de comportamento irritante pois, a cada 10 ou 15 minutos, cada um deles lhe dava um tapinha nas costas.
Intrigado, perguntou o terráqueo:
- Mas se vocês são assim, só da cintura pra cima, como fazem sexo?
Ao que um deles, com um sorriso malandro no rosto, lhe respondeu dando apenas mais um tapinha nas suas costas.
Acho que os paulistanos fazem sexo trombando.
Deixa eu ir ali correndo, levar minhas roupas da viagem para a lavanderia.
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