Domingo, 23 de fevereiro de 2003
Sr. Diretor da Revista VEJA
Caixa Postal 11079
05422-970 – SÃO PAULO
Algumas vezes escrevi a esta revista sobre matérias de interesse nacional ou local. Poucas, sobre coisas do meu próprio interesse.
Desta vez, venho desesperadamente solicitar seja transcrito este artigo da imprensa local (DEFESA) contra outro que depõe contra os piauienses (que teve origem no Jornal do Brasil) – denegrindo a nossa honra como pessoas, como patriotas, como habitantes do mundo globalizado de hoje.
Li nalgum lugar, de autoria do jornalista Sebastião Nery, que todos os homens têm pátria e nossa pátria começa no lugarzinho onde nascemos. É a nossa mãe. Concordo. Até Hitler teve sua pátria, sua mãe. E qual o filho que quer ou suporta ver sua mãe vilipendiada?
Na imprensa local, o Prof. Celso Barros, que foi até Deputado Federal e teve atuação destacada na Constituição vigorante, um dos maiores civilistas do Brasil, professor emérito da Universidade Federal do Piauí, fez publicar o artigo anexo, como referido no início. Teve repercussão imensa na Academia Piauiense de Letras onde toma assento e nas mais diversas camadas da sociedade local. Mas, e daí? No resto do Brasil quem leu o artigo do inominável “Augusto Nunes”, no Jornal do Brasil, vai tomar conhecimento do da nossa imprensa, que apesar de boa, mesmo assim é local? Não vai.
Eis, portanto, o meu pedido de desespero, pedido sério de assinante e admirador de VEJA há mais de 20 anos:
– Ou a transcrição do artigo de Celso Barros (anexo) em qualquer página de VEJA, ou uma matéria sobre o Piauí, levantando a verdadeira situação intelectual, moral, política, física e cívica do nosso Estado.
Agradece, penhoradamente, o escritor (mais de 20 livros publicados (no Piauí, no Brasil e no Exterior) e professor de Língua e Literatura, com pós-graduação na Universidade Federal da Bahia, membro da Academia Piauiense de Letras, do Conselho Estadual de Cultura e da União Brasileira de Escritores (local e de São Paulo).
Atenciosamente
FRANCISCO MIGUEL DE MOURA
End. p/ correspondência
Avenida Juiz João Almeida, 1750
Bairro Ininga
64049-650 – TERESIN - PIAUÍ
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