*Na Paz do Teu Olhar*
Recolho-me na noite como ave nua
Olho a relva verdejante no sonho
Infiltrada na água da neblina rua
O pé descalça, no silêncio ponho
Alcanço a noite que quieta dorme
Na paz disfarçada, dos infortúnios
Onde os corações muito disformes
Arquejam como elementos netúnios
Tivesse eu o poder de um furacão
Varria para o fundo do oceano frio
O furor da violência, a destruição
Moldava o humano com pudor-brio
Ordenava como lei amor verdadeiro
A paz seria dogma teu coração luzeiro
Sona Nogueira *sogueira* |