MINHA IRMÃ QUERIDA
Essa de lábios cor de cereja
e faces rubras como romã,
assiste a missa, na linda igreja,
todos os dias pela manhã.
Bela jovem! Sempre catita.
Vejo-a linda, nas romarias,
toda elegante, toda bonita,
cheia de fé e alegrias.
Pelas ruas por onde trilha
de brancos lírios e várias flores,
quanta beleza, que maravilha
querida mana, de meus amores.
Assemelha-se a um anjo, bela e franzina,
olhares baixos, lembrando uma freira,
na linda igreja, repicam sinos,
e estranhas notas vagam no ar.
Por entre cantos, por entre lágrimas,
vejo dona Odete, sempre passar,
e vai sentar-se logo em seguida
fitando as santas, perto do altar.
Da torre ao alto, repicam os sinos;
termina a missa. Tudo é alegria.
Volta dona Odete de olhos divinos,
a flor fidalga da simpatia.
Alguém me disse;
Um trovador,
que essa jovem
mimosa, de rubra cor;
toda elegante e religiosa
é namorada do nosso
SENHOR!
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