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cronicas-->POBRES FLORES DO MEU JARDIM -- 08/06/2005 - 15:42 (Joel Ribeiro do Prado) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Havia flores no meu jardim. Por que no meu jardim havia flores? Eu nem percebera que eram flores... Flores eu vi em outros jardins, que não eram meus; no meu, não. Por que, se eram flores, eu não notei que eram? Ah, e elas exalaram, inutilmente, os seus perfumes... Exalaram-nos para mim, pois eram flores do meu jardim. E elas coloriram o meu jardim, sem que eu as admirasse. E por não sentir os seus perfumes e por nem ver as suas singelas cores, eu não lhes dei aquela pequena atenção que, pelos seus meios de encantar,elas imploravam que eu lhes desse. Elas queriam só que eu as umedecesse vez ou outra. Era essa a única retribuição que esperavam de mim - a atenção traduzida em algumas gotas d´água...

Oh, era tão pouco o que esperavam que eu lhes desse... E eu as deixei morrer, antes até de perceber que existiam. Também... eu, eu não fiz por mal... Eu não teria agido assim, se me alertasse alguém... Alguém que percebesse a minha distração em olhar para os outros jardins, que não eram meus, mas cujas flores eu notara e que me encantaram tanto que nelas deixei esquecido o meu olhar.... Ah, se os meus olhos estivessem mais atentos no meu jardim! Hoje haveria nele aquelas flores tão bonitas, que eram minhas, mas que eu deixei morrer. Que ironia! Deixei-as sem o pouco d´água que as manteria vivas e lindas, e hoje, de pé diante do jardim em que elas viveram desprezadas, eu não consigo conter as lágrimas de arrependimento que brotam, fartas, dos meus olhos cansados e que se infiltram na mesma terra onde aquelas flores brotaram. Gotas que não têm o poder de faze-las renascer, para que me pudessem recompensar com a singeleza da sua graça...

É... devemos cuidar bem das coisas da nossa vida, para, só depois, cuidarmos das coisas que não são nossas.

Joel Ribeiro do Prado
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