Aguardo, nas manhãs de outono
o afago que vem de ti.
Gélido, frio, trespassa minha alma,
como o punhal cortante de Otelo.
Ciumento, espero a chegada do sol,
para que o reflexo de sua eterna explosão
aqueça esta brisa viajante,
e ela, quente, deixe comigo, carente,
aquela carícia que vem de ti. |