Transnscrita do Quadro de Avisos de hoje:
É, meu caro Guima/azul.
Se a gente toca neste tema da escolaridade, para ocupar cargos públicos, ainda mais agora, neste governo, a turma do "deixa disso" joga pedra e diz que estamos sendo preconceituosos.
Penso que a escolariade não se aplica aos casos de artistas o artesãos nato; como é o caso, por exemplo, do Aleijadinho, do Patativa do Assaré, e milhares de outros gênios da escultura, da música, do futebol, do repente, do pintor de telas, e tantas outras expressões da arte e cultura.
Mas, salvo engano, no caso de presidir uma nação, quando menos, dever-se-ía cobrar "experiência administrativa" em outros governos das esferas estadual e municipal.
Claro que não se pode, em qualquer dos casos, deixar de lado as virtudes do eleito. Caráter e honestidade, posto que, sem elas, de nada adiantaria a escolaridade.
A verdade, no caso específico da exigência de escolaridade ou de experiência administrativa, são os "interesses" políticos, nem sempre confessáveis e justificáveis, que não aprovam a medida. Não é por motivo. Para ser deputado, senador ou outro cargo parlamentar qualquer, não precisa, às vezes, nem de ser votado. Nem se exige escolaridade, também, para ocupar cargos comissionados. E chamam isso de democracia.
Acho errado. Dois pesos e duas medidas. Para ser juíz, por exemplo, exige-se escolaridade, experiência e concurso público. E ainda falam mal do Judiciário.
A conclusão é óbvia: fica mais fácil "nomear" parentes e amigos para cargos comissionados; e ser eleito, sem saber ler e sem ao menos ter sido aprovado pela voto da população.
Caso dos suplentes e dos que são eleitos pelo quociente eleitoral da legenda. Um absurdo. Uma mamata.
Conclusão: O Judicário, dos males, ainda é o infinitamente menor. Talvez por isso seja tão atacado.
Brasília, 13 de outubro de 2003. |